terça-feira, 26 de novembro de 2013

MINISTÉRIO PUBLICO REALIZA ENCONTRO PARA DISCUTIR MATRIZ DE LICENCIAMENTO DA ALCOA EM JURUTI

Dia 17 de novembro (domingo) aconteceu na sala de reuniões na sede da ACORJUVE o segundo dia de reunião com o Ministério Publico Estadual e Ministério Publico Federal com os representantes dos movimentos sociais de Juruti. A reunião teve como objetivo discutir a matriz de impacto da mineradora ALCOA no município de Juruti.

PROJETO ACORJUVE SUSTENTAVEL REALIZA OFICINA DE PRODUÇÃO DE RAÇÃO

Nos dias 16 e 17 de novembro os responsáveis do Projeto Acorjuve Sustentável estiveram na comunidade Galileia - PAE Juruti Velho realizando oficina de produção de ração alternativa para os beneficiários do Projeto na comunidade. Participaram 30 pessoas beneficiarias do PAS, foram produz 250 quilos de ração .

ACORJUVE INSENTIVA NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAIS DE JOVENS DE JURUTI VELHO

Aconteceu sábado dia 16 de novembro, no centro de reuniões Jamachi - sede da ACORJUVE, a apresentação dos jovens que iniciaram os cursos de qualificação profissional nas áreas de Beleza e Instalações elétricas, ao todos são 30 jovens das diversas comunidades do PAE Juruti Velho. Estiveram presentes pais e responsáveis para conhecer os cronogramas dos cursos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

FALTA DE ENERGIA PREJUDICA MAIS DE 4 MIL PESSOAS NA VILA MUIRAPINIMA


A alegria dos moradores dos bairros Central, Alegre, Castanheira e Prainha durou pouco...

                Há 04 dias, os mais de quatro mil moradores da Vila Muirapinima, na região de Juruti Velho, estão sem energia elétrica. Até o momento a população ainda não sabe o real motivo do problema. Alguns acreditam que o gerador foi danificado em virtude da qualidade do óleo diesel usado para garantir o funcionamento da máquina, outros, pela falta de qualificação e de capacitação do profissional responsável pela manutenção do mesmo.

                O gerador que abastece a vila e que foi adquirido pelo governo municipal, após diversas solicitações dos moradores, e entregue à Vila Muirapinima no dia 23 de outubro deste ano. Com o não funcionamento do máquina, a vila toda encontra-se sem energia elétrica, com exceção de alguns que possuem gerador próprio. A situação tem causado diversos prejuízos, principalmente aos comerciantes da vila que todos os dias são obrigados a jogar no lixo dezenas de alimentos perecíveis, que necessitam de refrigeradores para garantir a qualidade.

“Os fregueses reclamam porque o refrigerante está quente. Antes a pessoa chegava ao comércio e levava pra casa dois, três frangos. Hoje ela não pode fazer isso porque não tem como conservar o alimento. Nós, comerciantes, também não podemos comprar muitos produtos para abastecer nossos estabelecimentos. Diminuímos a quantidade de peixe e de carne. O governo precisa ter mais responsabilidade com a população da Vila Muirapinima. Aqui já é uma cidade. Só perdemos para Juruti Novo”, ressalta o comerciante João Pimentel.

                Antes da entrega do atual gerador, a vila era abastecida por outros dois menores, que foram desativados com a chegada do novo.

“A gente percebe que está faltando o administrador do distrito dar uma explicação aos consumidores. A vila recebeu um gerador novo, mas não sabemos se o problema realmente é o que está sendo comentado. Alguns dizem que o problema foi provocado pela qualidade do óleo diesel, outros dizem que a pessoa que opera a máquina não recebeu o treinamento adequado”, destaca o professor Genildo Pereira.

O professor também está preocupado com o andamento das aulas do ensino médio regular, que iniciaram recentemente, e que foram interrompidas por causa da falta de energia na escola. “As aulas estavam programadas para encerrar em 2016, mas essa data deve ser adiada”, lamenta. Genildo Pereira elenca ainda outros problemas que os moradores da Vila Muirapinima estão enfrentando em virtude da falta de energia elétrica. “À noite, além dos carapanãs, que podem causar problemas de saúde, a escuridão também ameaça a segurança pública”, ressalta o educador. As aulas das escolas da rede municipal, que à noite são reservadas aos alunos da EJA – Educação de Jovens e Adultos estão suspensas.

Por sorte, a Unidade de Saúde da Vila Muirapinima, que é referência na região de Juruti Velho, tem gerador de energia próprio. Caso contrário, até o atendimento de saúde seria prejudicado. A energia elétrica do DPM – Departamento de Polícia Militar da Vila Muirapinima tem sido fornecida por um dos comunitários, para que o trabalho desenvolvido pelos policiais militares e agentes comunitários não seja interrompido.

O fornecimento de água também não sofre nem um problema porque os microssistemas que garantem o abastecimento das famílias possuem gerador de energia.

A revolta dos moradores é por causa da falta de comunicação por parte do governo municipal, que não informa a verdadeira causa da interrupção no fornecimento de energia e nem fala sobre as providências que estão sendo tomadas para resolver o problema.

PÉ DE PINCHA GARANTE REPOVOAMENTO DE QUELÔNIOS NO LAGO JURUTI VELHO

Há dez anos, a Universidade Federal do Amazonas auxilia comunitários de Juruti Velho na preservação de quelônios, ajudando tirar da extinção diversas espécies.

Durante muitos anos, a captura de quelônios para a alimentação e para a comercialização foi uma atividade constante na vida de moradores de diversas comunidades que formam a região de Juruti Velho, no município de Juruti/PA. Atividade essa que reduziu drasticamente a população de quelônios. Com o passar dos anos, os próprios moradores foram percebendo que a captura dos quelônios estava se tornando uma atividade difícil, que a quantidade de animais estava diminuindo. A fim de reverter essa situação, moradores de Juruti Velho foram em busca de ajuda e encontraram no Projeto Pé-de-Pincha uma alternativa que,  ao longo de dez anos, tem ajudado a garantir o repovoamento de quelônios no lago da região.

O projeto Pé-de-Pincha foi criado no ano de 1999 por comunitários do município de Terra Santa/PA e por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. O nome do projeto refere-se às pegadas do Tracajá (Podocnemis unifilis) que na areia ficam o formato de “pinchas” (tampinha de refrigerantes de garrafas de vidro). O Pé-de-Pincha tem como missão preservar e conservar as populações de quelônios da Amazônia, bem como realizar trabalhos sociais com as comunidades ribeirinhas. Atualmente, o Pé-de-Pincha está presente em 15 municípios.

“Nós temos alcançado resultados maravilhosos. No contexto geral já fizemos a soltura de mais de um milhão de filhotes. É muito bom, é muito satisfatório. Muita gente que chegou criança para participar do projeto hoje em dia já é adolescente, adulto, e tem repassado a mensagem da conservação para as gerações. A gente vê os resultados. O lago tá repovoado. Se você perguntar para as pessoas como era esse local antes e como está depois da chegada do projeto você vai perceber que há muitas diferenças. Em locais onde praticamente não havia mais quelônios, hoje em dia você encontra bastante. E isso é muito engrandecedor”, declarou Cléo Ohana, engenheira florestal, integrante da coordenação do Pé-de-Pincha.

No município de Juruti, o Pé-de-Pincha atua desde o ano de 2003, beneficiando dezesseis comunidades da região de Juruti Velho. Nesses quase dez anos de atividades os comunitários, com o auxílio dos profissionais da UFAM, já depositaram nas águas do Lago Juruti velho mais de 32 mil quelônios. A iniciativa, além de garantir o repovoamento do lago, evita a extinção de diversas espécies de quelônios.

O trabalho dos comunitários começa no mês de setembro, época da desova dos quelônios. Os animais encontram nas praias formadas nas margens do lago Juruti Velho o local ideal para depositar os ovos, que, posteriormente são recolhidos por moradores e colocados em chocadeiras naturais, também nas margens do lago, mas em locais protegidos da ação de predadores, principalmente do homem. O nascimento dos animais acontece dois meses depois. Após o nascimento, os quelônios recebem tratamento adequado até completarem sete/oito meses, para então ser soltos nas águas do lago.

            O dia dedicado à soltura dos quelônios começa com um grande ritual. No mês de setembro, a equipe da VOX GREEN acompanhou o trabalho do Pé-de-Pincha desenvolvido na comunidade Surval, em Juruti Velho. Um ritual, que mobiliza toda a comunidade, antecede a soltura dos animais. Na capela dedicada a Nossa Senhora do Livramento, comunitários realizam a celebração da vida. Na frente do altar, uma bacia cheia dos pequenos animais é colocada a fim de receber a proteção divina.

            Após a celebração, vem a segunda parte da programação, que acontece no barracão comunitário. Na oportunidade, os moradores que participam ativamente do projeto recebem certificados pelos trabalhos prestados à natureza. Aos demais são repassadas orientações que vão auxiliá-los no combate à captura ilegal de quelônios no lago Juruti Velho.

            A terceira e última etapa do ritual acontece às margens do Lago Juruti Velho. É quando os pequenos animais são conduzidos por moradores ao seu novo lar. As crianças são as mais entusiasmadas. Desde pequenas elas participam do Pé-de-Pincha e aprendem o quanto é importante preservar a natureza. Nesta etapa, a comunidade Surval soltou 1.158 quelônios de várias espécies.

            A parceria com a ACORJUVE – Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho tem sido primordial para que o Pé-de-Pinha alcance seu principal objetivo. Boa parte da estrutura necessária para o desenvolvimento das atividades do projeto nas comunidades da região é cedida pela ACORJUVE. Na comunidade Surval, o comunitário Reginaldo Souza Guerreiro, é um dos que percorrem a região reunindo com moradores e repassando uma série de orientações a fim de preservar o lago e garantir a permanência dos quelônios. “Através do diálogo a gente vai conquistando muita gente. Mas, infelizmente, muitas pessoas ainda não têm essa consciência de preservar, querendo só destruir”, lamenta o comunitário, que faz parte da diretoria da ACORJUVE.

Um dos problemas que a região enfrenta para a preservação dos quelônios é a falta de fiscalização. “Precisamos de agentes ambientais voluntários para fazer a fiscalização e com isso não deixar que o trabalho seja prejudicado”, declarou o engenheiro de pesca Alex Leão, integrante do Pé-de-Pincha.

“O papel da comunidade é inspecionar, fiscalizar, evitar que as pessoas coletem os ovos dos locais protegidos. Muita gente só pensa em pegar os ovos e os quelônios para comer, sem se preocupar com a preservação dos animais. O trabalho não para, é contínuo, muita vigilância”, informou o coordenador do Pé-de-Pincha na comunidade Surval, Davi Assunção Matos.

            Em 2014 haverá nova soltura de quelônios no Lago Juruti Velho. De acordo com Davi Assunção, neste ano já foram recolhidos mais de 50 ovos de quelônios só na comunidade Surval. “No ano que vem a nossa meta é soltar pelo menos três mil quelônios”, informou o coordenador.
 
ANO
QUANTIDADE
2003
1.527
2004
1.755
2005
3.109
2006
4.320
2007
3.697
2008
3.193
2009
1.630
2010
4.410
2011
5.061
2012
3.753

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

PRESERVAR HOJE, PARA TER O FUTURO MELHOR AMANHÃ

CONVITE
 
A comunidade do SURVAL, região PAE juruti-velho, convida você para participar da festa de 10 anos de implantação do PROJETO PÉ DE PINCHA e soltura de tracajás.
 
DATA: 14 DE SETEMBRO 2013       LOCAL: COMUNIDADE SURVAL.
 
PROGRAMAÇÃO
 
As 8h Celebração em Ação de Graças.
As 9h Palestram com assessoria dos membros da equipe do projeto pé-de-pincha – UFAM- em seguida soltura de tracajás e entrega de certificado aos participantes da referida comunidade.
As 11h Apresentação das garotas pé-de-pincha, com premiação do 1º ao 3º colocado.
Cada comunidade onde há o projeto, trazer uma garota para o desfile.
.As 13h - Inicio do torneio nas categorias masculino e feminino.
 
PREMIAÇÃO DO TORNEIO MASCULINO
1º colocado R$ 300,00 - 2º colocado R$150,00 - 3º colocado 1 cx de cerveja.
 
PREMIAÇÃO DO TORNEIO FEMININO
 
#1º colocado R$100,00 - 2º colocado R$50,00 - 3º colocado 1fardo de refrigerante.
 
OBS: AS EQUIPES SERÃO FORMADAS POR 05 JOGADORES/AS.
Durante o dia haverá leilões de galinha caipira e muito som ao vivo
E as 14 h direto de Parintins, SHIRLEY a musa do bolero ao vivo
A noite grande embalo dançante com as bandas:
 
ELITE, PANCADÃO, AMOR PAIXÃO, DM SHOW. Até as 03h da manhã
Venha participar vai ser imperdível!
Haverá serviço de bar e restaurante e segurança policial.
 
O SURVAL PROMOVE E VOCÊ PARTICIPA!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MONITORAMENTO DO PROJETO PILOTO DE CRIAÇÃO DE PEIXES

A equipe do Projeto Acorjuve Sustentável esteve fazendo o monitoramento: medição, pesando os peixes dos tanques do Projeto Piloto – sede da ACORJUVE, o trabalho de acompanhamento é desenvolvido pela equipe todos os meses para saber como os peixes tem se desenvolvidos, durante o trabalho e feito a limpeza dos tranques para afastar possivel fungos que podem prejudicar o crescimento.
 

AVALIAR: VER MAIS CLARO PARA CAMINHAR MAIS LONGE...

 
Esse foi o objetivo da reunião que aconteceu ontem (23/08) no centro de reuniões Jamanchi – sede da Acorjuve – Vila Muirapinima, com a presença dos Secretários municipais Antonio Marcos de Souza - Integração Comunitária, Eraldo Albuquerque – Agricultura e Abastecimento e o Vereador Pedro Natividade, durante a reunião foi expostos o plano de trabalho de cada secretaria e as atividades desenvolvidas durante os 08 meses de mandatos.

MANDATO COLETIVO

  Chega certo momento que, duas coisas são importantes: olhar para trás rever a caminhada feita e agradecer a Deus, aos companheiros e companheiras, a comunidade em que vivemos, as pessoas que confiam em nosso trabalho e a nós mesmos.
 Rever nos permite ver de novo a caminhada feita. É consciência, hoje, de como agimos ontem, para melhor agir amanhã. Rever a caminhada nos permite perceber as forças e as oportunidades que tivemos para construir um processo de mudança para melhor. Mas é necessário perceber as fraquezas que persistem como desafios, que precisamos enfrentar.
Neste momento é que, nós nos propusemos a entender e aprofundar o trabalho de coletividade e saber que cada conquista realizada depende de muitos e muitas
Uma sexta feira diferente, os secretários e vereador parou, para ouvir o povo que os elegeram e confiam no trabalho que vem sendo desenvolvido por estes.
Parabéns aos secretários de Agricultura e Abastecimento - Eraldo Albuquerque, ao Secretário Antonio Marcos Tavares e ao vereador Pedro Natividade
 
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CRIAÇÃO DE GALINHAS E DE PEIXES EM GAIOLAS – ALTERNATIVA QUE PODE MUDAR A VIDA DE COMUNIDADES DA REGIÃO DE JURUTI VELHO

Dona Ester Pereira
Dona Ester Pereira
 
Juruti Velho, a cerca de 03h de barco do porto de Juruti, Oeste do Pará, é uma região composta por 51 comunidades, onde vivem aproximadamente 9 mil pessoas. Tem atraído a atenção de turistas de várias partes do Brasil e do exterior por suas belezas naturais, que mostram o potencial turístico que a região oferece. As águas escuras que banham Juruti Velho revelam grande atrativo no período de setembro a fevereiro: belas praias de areia branca e de água cristalina, que podem ser encontradas com facilidade em quase todas as comunidades que formam a região. Mas tanta beleza esconde uma triste realidade: capturar o peixe para a alimentação do dia a dia dos comunitários não é nada fácil. A escassez do produto tem levando muitos moradores a investir em outras atividades, como a criação de peixe em gaiola flutuante e a criação de galinha. A iniciativa faz parte de um projeto denominado ACORJUVE Sustentável, criado pela Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho.
Há dois anos, a rotina de dona Ester de Matos Pereira, que mora na comunidade Monte Moriá, tem sido a mesma: acordar cedo, preparar o café para o marido e cuidar das galinhas que cria no quintal. A criação de aves foi alternativa encontrada por ela para conseguir um dinheiro a mais, haja vista que a produção de derivados da mandioca, como a farinha e o beiju, não estava sendo suficiente para gerar a renda necessária para a manutenção da família e da pequena propriedade, que fica às margens do lago Juruti Velho.
Além da criação de galinhas e peixes, há a produção de mudas de espécies nobres
 
 Além da criação de galinhas e peixes, há a produção de mudas de espécies nobres
O casal recebe frequentemente a vista de pessoas de várias partes do município de Juruti, interessadas nas galinhas criadas por dona Ester. Segundo ela, a criação dá muito trabalho, mas os resultados são satisfatórios. Em 2012, dona Ester recebeu da Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho – ACORJUVE uma importante contribuição que fortaleceu ainda mais a atividade. Com recursos oriundos da associação, ela construiu um novo galinheiro e recebeu 50 pintos. Dona Ester explica que depois de 03 meses as aves estão no ponto de abate. Cada frango é vendido a um preço que varia de R$ 20,00 a R$ 25,00. Alguns chegam a pesar cerca de 02 quilos.
Nos próximos meses, o casal de comunitários pretende preparar um local especial para investir na produção de ovos.
Hoje, dona Ester cuida de aproximadamente 100 aves, que estão no ponto de ser comercializadas. As galinhas são alimentadas duas vezes ao dia, pela manhã e tarde. Diariamente, são necessários 15 quilos de ração ou de milho para alimentá-las.
Enquanto dona Ester cuida das aves, o esposo dela, seu José, trabalha na produção de mudas de espécies nobres, como o Cumaru. As mudas produzidas por ele são usadas no reflorestamento do local onde moram. O casal ainda cultiva árvores frutíferas que, em breve, estarão produzindo e gerando mais uma alternativa de renda.
Gaiolas flutuantes para criação de peixes, como o tambaqui
Gaiolas flutuantes para criação de peixes, como o tambaqui
Hoje, 25 comunitários de Juruti Velho estão investindo na criação de galinha. E esse número deve aumentar, pois outros moradores estão mostrando interesse em desenvolver a atividade, que tem se apresentado como uma boa fonte de renda.
Além da criação de galinha, alguns produtores também apostam na produção de hortaliças e na criação de peixe em gaiola flutuante.
A proposta de criação de peixe em gaiola surgiu no ano passado. Em 2012, alguns moradores de Juruti Velho participaram de treinamento e receberam orientações para desenvolver a atividade. Na oportunidade, os comunitários ficaram entusiasmados e apostaram na idéia. Em janeiro de 2013, trinta e duas pessoas começaram a colocar em prática os conhecimentos adquiridos e, com o apoio da ACORJUVE, estão criando peixes da espécie tambaqui, em gaiolas colocadas no lago Juruti Velho.
As gaiolas são construídas em madeira, encontrada na própria região, e forradas com uma espécie de tela. Recipientes de plástico fixados nas bordas das gaiolas garantem a flutuação. “Apresentamos aos comunitários um material acessível. Tanto a madeira quanto os recipientes plásticos podem ser encontrados com facilidades, a baixo custo”, destaca a técnica em Recursos Pesqueiros da ACORJUVE, Sara Xavier de Oliveira, que presta assistência aos criadores de peixe.
Sara Xavier, técnica de recursos pesqueiros, dá assistência aos produtores
Sara Xavier, técnica de recursos pesqueiros, dá
assistência aos produtores
 
Na comunidade Capitão, por exemplo, a criação de peixe em gaiola é desenvolvida por dois produtores. Seu Antonio Carlos da Silva Magalhães é um deles. Há pouco mais de dois meses deu início à atividade. Numa pequena gaiola, o comunitário colocou 1000 alevinos de tambaqui, dos quais 500 foram doados pela Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho, que também vai fornecer a alimentação dos peixes até eles completarem 11 meses, ocasião em que estarão aptos para a comercialização. Enquanto aguarda, seu Antonio tem se dedicado ao plantio da mandioca para a produção de farinha e de outros derivados, bem como à plantação de hortaliças, para o consumo próprio.
Cada gaiola mede pouco mais de 7m³ e é suficiente para manter os 1.000 alevinos confortáveis durante os primeiros 04 meses. Depois, há a necessidade de mais gaiolas para dividir a quantidade de peixes. Com espaço suficiente, o tambaqui adquire peso e tamanho ideais para comercialização. Regulamente, a técnica em recursos pesqueiros, Sara Xavier, visita os produtores, fazendo o acompanhamento da criação.
Seu Antonio fornece o alimento aos peixes, à base de ração balanceada, três vezes ao dia. Por semana são necessários 03 quilos de ração. Quanto à atividade, o comunitário está muito confiante. Para capturar o peixe usado na alimentação de sua família, composto pela mulher e por onze filhos, seu Antonio precisa ir às margens do rio Amazonas, que fica distante da região, e passar horas pescando. Com a criação, que em breve estará pronta para ser comercializada, o comunitário vai aproveitar uma boa parte para alimentar a família.
 
Fonte: RG 15/O Impacto e Udirley Andrade

terça-feira, 20 de agosto de 2013

STTR SANTARÉM INVESTINDO NA FORMAÇÃO DOS SINDICALIZADOS

 
O sindicato dos trabalhadores/as rurais de Santarém tem tido a preocupação em capacitar trabalhadores/as rurais com objetivo de fortalecer a luta sindical e implementar a agricultura familiar sustentável e solidário. Na conclusão dos curso...s os participantes visitarão experiências que vem sendo desenvolvidas na região Oeste do Pará. No período de 23 a 30 de agosto a ACORJUVE, através do Projeto Acorjuve Sustentável receberá 09 participantes do curso, oriundos de diversas regiões de Santarém: Lago Grande, Curuá Una, Várzea e Arapinuns. A equipe permanecerá 07 dias acompanhando os trabalhos nas comunidades que o PAS vem sendo desenvolvidos e no Projeto piloto na sede da ACORJUVE - Vila Muirapinima.

ESTER MULHER DE CORAGEM


Mulher de coragem encara os desafios e faz a vida acontecer.
Dona Ester Matos juntamente com seu esposo seu José, moradores da comunidade Moriá - JV, sempre determinados a conseguir seus objetivos, ela é uma das primeiras a participar do Pr...ojeto Acorjuve Sustentável, iniciou com 50 bicos, de onde tira seu sustento. Domingo (18/08) estivemos na residência de dona Ester, sempre alegre, nos acolheu com uma mesa farta, ela nos contou como tem sido desafiador e satisfatório trabalhar com criação de galinhas.

sábado, 17 de agosto de 2013

FELIZ ANIVERSÁRIO


Um momento especial de renovação para sua alma e seu espírito, porque Deus, na sua infinita sabedoria, deu à natureza, a capacidade de desabrochar a cada nova estação e a nós capacidade de recomeçar a cada dia.

Desejo a você, um ano cheio de amor e de alegrias.
Afinal fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Sorrir novos motivos e chorar outros, porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes.
Fazer Aniversário é amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus.
É ser grato, reconhecido, forte, destemido.
É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo;
Parabéns a você nesse dia tão grandioso.
 
Desconhecido

terça-feira, 30 de julho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

INCRA E ACORJUVE ENTREGAM TITULOS DA CASA PROPRIA EM JURUTI VELHO

Famílias que moram no Assentamento Juruti Velho, Município de Juruti  receberam novas residências do projeto habitacional construído com recursos do governo federal em parceria com a Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho, segundo informações do Diretor de Assuntos Jurídicos e Conflitos Agrários da ACORJUVE Francisco Pinheiro, já foram concluídas 205 casas e entregue aos proprietários, encontram-se em fase de conclusão 301 já levantas faltando apenas o rebocada, concluídas de acordo com a liberação dos recursos. No geral serão 610 casas, aprovadas nesta primeira etapa. A expectativa é de construir 1.800 de acordo com o numero de beneficiários que estão em RB  e tem esse beneficio já aprovados pelo INCRA.


 
Dona Nazaré da comunidade Germano

 
Comunidade Juruti Açú - dona Francisca
 
"Estamos nos esforçando para fazer a nossa parte, juntando as pedras e construindo melhoria de qualidade de vida para o povo de Juruti Velho".
Francisco Pinheiro 
 
 
Comunidade Nova Macaiani

 
Comunidade Ordem

 
Comunidade Monte Sinai Católico
 
 
Dona Nelvane recebendo o titulo de proprietária definitiva.  Parabéns agora a casa é sua de fato de direito. 

ACORJUVE: HÁ NOVE ANOS CONTRIBUINDO COM O DESENVOLVIMENTO DE JURUTI VELHO ítulo da postagem

Em 2004, a fim  de lutar por benefícios que pudessem contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento da região de Juruti Velho, composta por 49 comunidades, foi criada a ACORJUVE – Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho, onde vivem mais de nove mil pessoas.

O atual diretor administrativo da ACORJUVE, Gerdeonor Pereira, lembra que antes da associação, o individualismo era intenso na região. As comunidades eram desunidas, cada morador pensava somente em sua situação e a luta em busca de melhorias era fraca, sem resultados positivos. 

Gerdeonor P. dos Santos Presidente da ACORJUVE
Os investimentos feitos nas comunidades são definidos em reuniões e assembleias organizadas pela ACORJUVE. Com as prioridades definidas, a associação e a comunidade organizam um puxirum. Cabe à ACORJUVE o fornecimento do material necessário para a execução da obra. E à comunidade, o fornecimento da mão de obra. “Deu certo essa parceria entre a comunidade e a diretoria da ACORJUVE, estamos construindo muitas coisas e vamos construir muito mais”, destaca Gerdeonor.

Gerdeonor Pereira também ressaltou que no período de 2005 a 2012 foi feita uma parceria entre a ACORJUVE e a Prefeitura de Juruti para a execução de algumas obras em muitas comunidades. E essa parceria deve ser mantida com o governo atual. Gerdeonor garantiu que os primeiros contatos como o novo prefeito de Juruti, Marco Aurélio Dolzane do Couto, já foram feitos. 

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Uma das grandes conquistas de muitos moradores foi o abastecimento de água potável. Durante décadas os moradores eram obrigados a carregar água em baldes e latas das margens do lago e dos igarapés. Era um sacrifício que se repetia todos os dias e quase sempre protagonizados por mulheres e crianças, já que os homens estavam nas roças ou pescando para garantir o sustento diário. 

Em muitas outras comunidades a ACORJUVE contribuiu e está contribuindo para a ampliação da rede de distribuição de água. É o que vem acontecendo na comunidade de Juruti-Açu, onde vivem 56 famílias. Nesta comunidade, a ACORJUVE vai realizar o sonho de 11 famílias que ainda precisam carregar a água de igarapés, das margens do lago e de casas de vizinhos para beber, tomar banho, lavar louças e roupas, e preparar seus alimentos. O microssistema de abastecimento de água foi construído pela Prefeitura de Juruti e não contemplou todas as famílias da comunidade. No verão, quando o nível da água do lago baixa, os moradores caminhavam bastante para conseguir um pouco de água. “É muito ruim ver muitos vizinhos tomando uma água boa enquanto outros ainda são obrigados a tomar a água do rio. Quando o verão é muito grande a água do lago baixa bastante e fica só uma lama. Era um grande sacrifício. Então, a ACORJUVE viu essa situação e resolveu ampliar a rede para as demais famílias. Agora muitas senhoras, donas de casas, terão um sossego. A água é de qualidade e boa para beber”, disse o líder comunitário Francisco Batista de Almeida, de Juruti-Açu.

“Agradecemos a Deus e a Direção da ACORJUVE pela iniciativa. Antes, a gente precisava caminhar até 200 metros para pegar a água no rio. Era uma dificuldade para todas as famílias. Erámos o
brigados a carregar água a qualquer hora, de dia, de noite, na chuva. Além disso, essa água causava vários problemas de saúde”, ressaltou o pescador João Filho, que há 26 anos mora na comunidade Zé Maria, onde vivem 12 famílias. 

Gerdeonor Pereira garante que oitenta por cento das nossas comunidades do PAE Juruti Velho já possuem água de qualidade.

 
 
 
ENERGIA ELÉTRICA 

Energia elétrica de qualidade também está chegando a muitas famílias da região de Juruti Velho. 

Na comunidade de Pedreira, as 11 famílias que moram ali vão receber energia elétrica em casa nos próximos dias. Com recursos destinados ao uso coletivo, a ACORJUVE adquiriu um gerador de energia e está em fase de implantação da rede de distribuição. 

O coordenador da comunidade, Danilson Teodoro de Almeida, lembra que à noite a escuridão é grande na comunidade. Atualmente, para assistir a um jogo, por exemplo, a família de seu Danilson se reúne, compra o combustível para o funcionamento de um pequeno gerador instalado em uma embarcação. Segundo ele, sair de casa à noite é meio perigoso, pois é comum a presença de animais peçonhentos tanto nas estradas quanto nas águas. Cobras e jacarés são encontrados com facilidade e podem atacar moradores desprevenidos.  

“Vamos reivindicar junto à prefeitura de Juruti e ao Governo Federal para que o programa Luz para Todos possa ser implantado no PAE Juruti Velho para que a gente resolva de uma vez por todas a questão da energia aqui na nossa região. Estamos brigando e vamos brigar para que isso seja possível”, destaca o presidente da ACORJUVE.

SEGURANÇA

A segurança na região de Juruti Velho melhorou consideravelmente com a implantação do Destacamento da Polícia Militar, em 18 de julho de 2012. Essa conquista é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Juruti, Polícia Militar e Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho. 

Sargento Pereira, comandante do Destacamento da Polícia Militar em Juruti Velho, lembra que quando chegou à região de Juruti Velho o índice de violência era elevado. “No momento em que chegamos aqui havia apenas um grupo de agentes pacificadores, formado por moradores da região. Hoje, com a realização de reuniões e trabalhos

preventivos o índice de violência diminuiu”. Em Juruti Velho, o destacamento da PM aguarda o repasse de uma viatura e de uma embarcação para atender a todas as 45 comunidades que formam a região. Enquanto isso, a ACORJUVE tem garantido a locomoção, quando necessário, dos policiais e agentes pacificadores fornecendo lanchas e combustível. A ACORJUVE tem contribuído ainda com a alimentação dos policiais. A reforma da casa onde funciona o Destacamento da PM em Juruti Velho também teve o apoio da ACORJUVE. 

O Destacamento da PM em Juruti Velho é composto por 01 sargento, 01 cabo e 04 soldados, além dos 06 agentes pacificadores que já atuavam por lá. Diariamente, os PMs e os agentes fazem rondas nas praças, nas escolas e em locais com grandes fluxos de pessoas, realizando um trabalho preventivo.

“Foram várias as reuniões realizadas em Belém e em Santarém até conseguirmos esta conquista. Hoje a região melhorou. A segurança melhorou oitenta por cento em Juruti Velho com a presença da polícia militar. De tanto a gente bater na porta do governo a gente conseguiu. Foi uma grande luta da ACORJUVE e vai melhorar ainda mais”, destaca Gerdeonor Pereira.

CASA PRÓPRIA

No ano de 2010, a casa própria deixou de ser um sonho e passou a ser realidade para muitas famílias de Juruti Velho. É o que relatou o diretor de formação jurídica e conflitos agrários da ACORJUVE, Francisco Pinheiro. Ele lembra que isso foi resultado de uma luta de mais de 18 anos das famílias da região de Juruti Velho, que queriam ser reconhecidas como verdadeiras proprietárias da terra onde vivem. Direito esse que foi conquistado em 2009. 

A ACORJUVE conseguiu, junto ao INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, recursos para a construção de casas populares. De acordo com Francisco Pinheiro já foram entregues 121 casas na região de Juruti Velho. Em breve outras 21 serão entregues. Em fase de construção se encontram outras 355 casas. O INCRA repassa para cada casa recursos no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); e a ACORJUE entra com uma parcela para complementar a obra. Para ser contemplada com uma casa popular a pessoa precisa estar cadastrada na Relação de Beneficiários do INCRA.

Com recursos da própria associação foram entregues 12 casas populares a famílias que não estão incluídas na Relação de Beneficiários do INCRA e que precisam de um local digno para morar. 

Antonilzo Ferreira de Lima, 48 anos, morador da comunidade Juruti-Açu, pai de 08 filhos, conseguiu há 02 anos realizar o sonho da casa própria. Hoje, ele comemora essa conquista. “Graças a Deus a luta que começou em 2004 deu resultado positivo. Hoje temos a nossa casa e conseguimos realizar um sonho”, disse o produtor rural.

EDUCAÇÃO

A ACORJUVE tem contribuído com o setor educacional de Juruti Velho. Na Vila Muirapinima, por exemplo, a associação proporcionou a reforma da escola Judith Barroso Pinheiro, onde funcionará a Casa dos Professores e a Escola do Ensino Médio em 2013. Além disso, doou mesa e cadeiras para o funcionamento do Departamento do Ensino Médio, que funciona na Escola Lígia Meirelles.

MEIO AMBIENTE 

A ACORJUVE tem combatido com firmeza a exploração ilegal de madeira. No quilômetro 53 da estrada que liga Juruti à Mina de Bauxita, a associação instalou uma guarita onde seus próprios associados fiscalizam a movimentação de caminhões a fim de evitar a saída ilegal de madeira. “Estamos aguardando que o governo faça a sua parte, que é fiscalizar e combater a exploração ilegal de madeira. Enquanto isso não acontece nós vamos continuar vigiando e defendendo o que é nosso”, destacou Gerdeonor.  

Outro projeto importante em prol do meio ambiente, desenvolvido em parceria com a UFAM – Universidade Federal do Amazonas, é o Pé de Pincha, que visa o repovoamento de rios e lagos da região através da soltura de quelônios. Em Juruti Velho o projeto é desenvolvido desde 2003, em 16 comunidades. 

DENÚNCIA: FACULDADE INVESTIGADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO PODE ESTAR ATUANDO DE FORMA IRREGULAR NA REGIÃO

 13/6/2013

 A reportagem do Jornal da Manhã da Rádio Rural recebeu denúncia de que a Faculdade de Ciências Humanas de Vitória – Favix poderia estar promovendo curso de nível superior em Santarém e em outros municípios do Baixo Amazonas.
 
A suspeita surgiu após consulta junto ao site do Ministério da Educação e o nome da referida faculdade não constar na lista das instituições credenciadas para atuar em Santarém.
 
Outra suspeita é que o CNPJ que consta em documentos oficiais da instituição não foi localizado junto a Receita Federal.
 
Porém, fomos informados que a Faculdade de Ciências Humanas de Vitória, integra um grupo com sede em Brasília denominado Grupo Continental Educacional, do qual fazem parte outras instituições de ensino superior.
 
Por telefone conseguimos falar com algumas pessoas que teriam ligação com a FAVIX, mas ninguém estaria autorizada a falar, mesmo assim informaram que a faculdade tem representantes em várias regiões do país.
 
No site do Ministério Federal consta a lista das instituições que já foram recomendadas a suspender as atividades irregulares no Pará.
 
Inclusive MPF já entrou com ações judiciais para pedir a suspensão dos cursos e propaganda ilegais aqui no Estado. O nome da Faculdade de Ciências Humanas de Vitória – FAVIX consta nessa lista. Além da FAVIX há outras 8 instituições que ministram cursos no Estado no alvo do Ministério Público Federal.
 
No município de Santarém, a FAVIX atua nas comunidades: Murumuru, Guaraná, São Raimundo da Palestina, Curuai, Parauá, Vila Socorro, Vila Gorete e Jacamim. Nesta última, todos os alunos desistiram e estão pedindo ressarcimento do dinheiro pago até agora. Além de Santarém os cursos são ministrados, também, em Monte Alegre, Juruti e Itaituba.

Fonte: Redação da Rádio Rural

sexta-feira, 31 de maio de 2013

PROTESTO CONTRA A ALCOA, EM JURUTI, REÚNE MAIS DE TRÊS MIL PESSOAS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA

Mais de três mil pessoas participaram, na tarde da última 4ª feira, 29 de m
aio, de uma audiência pública realizada na sede Sygnus Clube, em Juruti, promovida pelo Movimento Acorda Juruti. Na oportunidade, representantes das mais de vinte entidades que integraram o movimento mostraram sua insatisfação com a empresa ALCOA, responsável pela exploração de bauxita no município.
 

Dentre as entidades que integram o Movimento Acorda Juruti estão a Associação Comercial e Empresarial de Juruti (ACERJ), Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (ACORJUVE), Movimento Juruti no Limite, Movimento Juruti em Ação, Sindicato dos Mototaxistas de Juruti, Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri (ACOGLEC) e Associação das Comunidades do Planalto Mamuru (ACPM). Mas a a
usência da empresa ALCOA, que não enviou representantes à audiência, deixou muita gente insatisfeita. “A ausência da empresa é um desrespeito total. Isso mostra que a empresa não quer falar a verdade para o povo. Demonstra que não é verdade tudo aquilo que vem dizendo que investiu no município de Juruti”, disse Gerdeonor Pereira, presidente da ACORJUVE.

Na oportunidade, o assessor jurídico do movimento, advogado Dilton Tapajós, apresentou informações que, segundo ele, vão de encontro com as informações d
ivulgadas pela ALCOA. Dilton fez um comparativo do que a empresa prometeu em 2005, por ocasião de sua instalação em Juruti e do que foi realizado de concreto. Segundo Dilton, em 08 anos de implantação e operação a empresa falta cumprir muitos compromissos assumidos em audiência púbica promovida há 08 anos. De acordo com dados apresentados pelo advogado, nessa audiência pública a empresa prometeu gerar 5.800 empregos diretos, mas está gerando somente 2.109 de forma direta e indireta. É o que mostra, de acordo com Dilton, um panfleto distribuído pela ALCOA.

Outra informação apresentada pelo assessor jurídico do Movimento Acorda Juruti, que também chamou a atenção das pessoas que estiveram presentes no manifesto da última 4ª feira: a ALCOA prometeu integração com a comunidade, que não iria construir vilas especiais para funcionários etc. Mas está fazendo o oposto do que prometeu. A prova, de acordo com Dilton, é a construção de um residencial no bairro Bom Pastor, em que tanto a empresa contratada para executar o serviço de construção quanto o material utilizado na obra são provenientes de outras cidades, deixando de ofertar emprego para moradores de Juruti e deixando de gerar renda no comércio local, que poderia muito bem fornecer o material de construção necessário.

Mas a indignação do advogado não para por aí. Ele também quis saber das ações para aproveitamento científico da vegetação, com informações à comunidade; criação e manutenção de unidade de conservação; apoio na implantação do plano diretor de Juruti, com infraestrutura necessária, inclusão para a realocação da população remanejada, em especial aqueles moradores que vivem em áreas por onde passa a ferrovia da mina, que coloca em risco a vida de muita gente, principalmente de crianças; plano de oportunidades de investimentos e incentivos às atividades locais; cursos profissionalizantes seriam realizados no período entre a licença prévia e a licença de instalação; empregos seriam primeiramente para moradores de Juruti; cursos de capacitação para professores e construção de mais salas de aula etc. “Mas, infelizmente nem um representante da empresa veio a esta audiência pública para esclarecer esses fatos”, lamentou Dilton Tapajós.
 

O prefeito em exercício de Juruti, Jonas Moraes, participou da audiência e disse que a reivindicação da comunidade é legal, democrática. Lamentou a ausência da ALCOA, que, segundo ele, perdeu uma oportunidade de conversar com a comunidade. Com relação à Agenda Positiva, na qual a empresa prometeu realizar diversas ações em Juruti, Jonas disse que muitas obras ainda não foram executadas. “Nós estamos sentando com a empresa para avaliar a Agenda Positiva e discutir novas propostas para executar na atual administração”, destacou o prefeito em exercício.

O ex-prefeito de Juruti, Henrique Costa, também participou da audiência. Na oportunidade, ele propôs uma prestação de conta dos recursos repassados pela ALCOA durante sua administração (2005-2012), bem como mostrar em que foram utilizados esses recursos, repassados através de impostos à Prefeitura de Juruti.

O deputado estadual Zé Maria (PT), filho de Juruti, também se manifestou na audiência pública, e se mostrou favorável à implantação d
e uma empresa para o beneficiamento da bauxita em Juruti. “Uma das alternativas pra geração de emprego e renda é a industrialização dessa bauxita, em Juruti. Do contrário, nós estaremos alimentando uma possibilidade da geração de outros empregos, que não tem. Pois nós já conhecemos que apenas a forma de extração, como está sendo feita hoje, gera poucos empregos. Eu acho que a saída para essa questão da mineração em Juruti é buscar alternativas para verticalizar essa produção de minério”, disse o parlamentar.

“Vamos fechar a nossa pauta de reivindicações e entregar o
documento ao Ministério Público Federal para o mesmo seja encaminhado à ALCOA. Esperamos que a empresa dê uma resposta ao Ministério Público e, de acordo com essa resposta, o movimento vai avaliar e tomar uma decisão de como vai proceder a partir de agora. A nossa pauta de reivindicações possui 22 itens. Não e nada de absurdo. É tudo que a empresa prometeu em 2005 e que não vem sendo cumprido”, finalizou Gerdeonor Pereira.
 


A audiência durou cerca de 05 horas. E, no final, o documento, que apresenta as  reivindicações levantadas pelas 22 entidades que formam o Movimento Acorda Juruti, foi entregue à Ticiana Nogueira, representante do Ministério Público Federal – MPF, que veio de Brasília especialmente para participar da audiência pública.

 
Texto: Udirley Andrade
Fotos: Isabel Cristina/ACORJUVE