segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

MOVIMENTOS DISCUTEM DIREITOS TERRITORIAIS NA AMAZÔNIA


 O Programa de Formação Continuada em Direitos Territoriais é uma iniciativa da FASE Amazônia, no âmbito do Projeto Gestão Territorial e Direitos na Amazônia que vem sendo desenvolvido em parceria com a organização Terra de Direitos e Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR/STM) . O Programa visa atender demandas de formação apresentadas por organizações e movimentos sociais das regiões do Baixo Amazonas e BR 163 acompanhados pela FASE e seus parceiros. De Juruti Velho participam Luiz Carlos (Predreira), Adel Silva (Ingracia) e Francisco Pinheiro (Maravilha).
Para Luiz Carlos, o curso tem sido um espaço de debate de ideias, socialização de conhecimentos, troca de experiências, reflexão e construção coletiva. “Para mim é gratificante participar de uma proposta como esta que vai ajudar no fortalecimento da luta em defesa dos direitos territoriais das populações agroextrativistas, indígenas e quilombolas na Amazônia ” enfatizou ele.
O Programa teve início no mês de agosto de 2014 e será concluído no mês de junho de 2015. 

 

CARAVANA DE RESISTÊNCIA AOS PROJETOS HIDRELÉTRICOS NA AMAZÔNIA


A caravana em defesa do rio Tapajós, ato político liderado pelo Movimento Tapajós Vivo, aconteceu no dia, 26 de novembro e reuniu mais de 1.000 pessoas de diversas localidades.

Participaram do ato: moradores do PAE Juruti Velho, Santarém, Altamira, Itaituba, Aveiro, das aldeias do alto e médio Tapajós e do Rio Tapajós e aldeias do Mato Grosso.

Representantes do Ministério Público Federal, os bispos de Santarém, de Itaituba, e do Xingu também estiveram presentes.

Dom Erwin Kräutler, bispo da prelazia do Xingu acusou o Governo Federal de cometer crime contra o povo do Tapajós.

“O nosso povo não foi consultado. Toma-se iniciativas, toma-se decisões em Brasília, no Sudeste ou no Sul do país, e não se consulta o povo da Amazônia. São 24 milhões de seres humanos que estão aqui na Amazônia. Não existe, são apenas números de estatísticas, isso nós não podemos admitir. Eu acuso o governo de usar a estratégia do rolo compressor, a estratégia do fato consumado. Não se pergunta nada a ninguém, se coloca o povo diante de um fato consumado, ora, isso é intragável, inaceitável” protestou,  o bispo do Xingu.

A Acorjuve esteve representada por Esgiron Oliveira (Genezaré), Luiz Carlos (Pedreira) e Erickson Ribeiro (Muirapinima).

Esgiron Oliveira diretor de meio ambiente da ACORJUVE destacou a alegria de estar junto de um povo que ainda conserva em sua essência o respeito com a natureza, para ele é de muita importância participar de ações como estas e de vivenciar outras realidades, pois há uma troca de experiência que vem somar ao  movimento de Juruti Velho que , também, trata  de uma luta séria. “Esperamos estar presente em outras ações como estas, pois nos ajudará a melhorar ainda mais nossas manifestações”,  lembrou ele.

 

AGRICULTURA FAMILIAR DO PAE JURUTI VELHO RECEBE INVESTIMENTO DO PRONAF


A agricultura familiar desempenha um importante papel  na economia brasileira, sendo que sua produção representa 37,87% de toda a produção nacional, envolvendo 85,17% dos  estabelecimentos rurais. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) fornece apoio financeiro aos  produtores rurais que desenvolvem suas atividades agropecuárias e não agropecuárias,  que   se utilizam basicamente da mão- de- obra familiar com objetivo de aumento da renda, o uso racional da terra, a proteção ao meio ambiente e fixação do homem ao campo. No PAE Juruti Velho, há  cerca de 89 agricultores/as familiar acessaram o PRONAF este ano, gerando em torno de R$ 1,2 mi (Um milhão e duzentos reais),  no esforço em conjunto ACORJUVE, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juruti que vem expedindo a Declaração de Aptidão a Produção (DAP) e Banco da Amazônia. Agostinho Guimarães técnico responsável pelos projetos do PRONAF, na região, diz que a meta é atingir 100 famílias este ano, porém,  hoje há mais de 400 famílias cadastrada. Segundo ele,  “o maior desafio na implementação e acesso a mais créditos é a assistência técnica, pois o governo não disponibiliza de assistência técnica e não da para a ACORJUVE acompanhar todos os produtores”.

Agostinho informou ainda que as linhas de créditos variam de R$ 2.500,00 a R$ 15.000,00, dependendo da renda do produtor, com prazos de até 9 anos para pagar sendo, 4 de carência e 5 anos pagando com datas e valores também condicionados a cultura que vai ser investida.

 

PROOJETO QUELÔNIOS DO MIRI


Durante anos, a captura de quelônios para a alimentação foi uma atividade constante na vida de moradores de diversas comunidades da região do Miri/PAE Juruti Velho. Esta atividade reduziu de forma drástica a população de quelônios, na região com o passar dos anos, os moradores foram percebendo que a captura dos quelônios estava se tornando cada dia mais difícil e  que a quantidade de animais havia diminuindo. Para reverter essa situação, jovens da região tomaram a iniciativa e foram em busca de ajuda em diversos órgãos encontrando poucas respostas. Foi então que solicitaram apoio junto à Acorjuve, da qual  receberam boa parte da estrutura necessária para o desenvolvi
mento das atividades do projeto a ser desenvolvido nas comunidades da região. No apoio ofertado pela Associação para o trabalho dos jovens foram entregues lanternas, pilhas, gasolina e até mesmo o apoio na fiscalização. 

    O trabalho dos comunitários começa no mês de setembro, época da desova dos quelônios. Os animais encontram nas praias, formadas nas margens do lago do Miri,  o local ideal para depositar os ovos que posteriormente são recolhidos por moradores e colocados em uma chocadeira comunitária, também nas margens do lago. O nascimento acontece dois meses depois. Após o nascimento, os quelônios recebem tratamento adequado para então serem soltos nas águas do lago.

  O dia dedicado à soltura dos quelônios envolve todos os moradores das dez comunidades que formam a Região. O momento também consta de apresentações culturais como  poesias, musicas e danças relacionados a preservação dos quelônios.

A parceria com a ACORJUVE tem sido fundamental para que o projeto Quelônios do Miri venha sendo desenvolvido de forma independente desde 2013.

 

 

COPA DOS CAMPEÕES


Como explicar tamanha dedicação, empenho, superação de desafios, para realizar uma partida de futebol? O que explica sair de casa em pleno sábado ou domingo, navegar horas rio abaixo ou rio acima, para jogar uma partida de futebol?

Não há como explicar. Não há palavras para descrever tamanha paixão. Não é possível colocar em palavras tanta emoção. Foram meses de treinos e dedicação, semanas inteiras esperando chegar sábado ou domingo para superar mais um adversário. Equipes vencedoras que conquistaram o mérito de chegar as finais e outras  que se organizaram, e  criaram laços afetivos, com isso  traçaram metas e construíram objetivos.

Atletas que no decorrer do campeonato adquiriram a capacidade de olhar o outro apenas como adversário em campo. Cada partida vencida era uma superação em busca do tão sonhado título. Atletas comandados por técnicos e presidentes que sabem e os ensinaram respeitar o outro como ser humano com ética. Perder não era o objetivo, mais jogo é jogo uns perdem e outros ganham. Ganhar com garra, ganhar no campo, ganhar com ousadia é inexplicável. A sensação de vencer a tão temida equipe adversária, ouvir o grito da torcida, pedindo que o cronometro acelere e o arbitro apite a final da partida. Ufa! Acabou. Ganhamos!

Quarta copa dos campeões 13,  versão 2014 esta nunca será esquecida. Campeões também foram aqueles que mesmo não chegando a tão sonhada final souberam perder com dignidade, com respeito e com ética. Que venha a copa dos campeões de 2014 versão 2015.

ACDCM ELEGE NOVA DIREÇÃO

Associação Cultural de Difusão Comunitária Muirapinima (ACDCM) elegeu a nova diretoria,   no dia 02 de dezembro. A composição da nova gestão ficou assim definida: A Associação da comunitária dos Produtores de Juruti Açu (ACOPRUJA) reeleita como diretoria administrativa; Associação da comunitária do Açaí na diretoria de secretária; Igreja Assembleia de Deus na diretoria de finanças e patrimônio; Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (ACORJUVE) na diretoria de programas comunitários; Associação Atlética Boca Junior na diretoria de cultura e comunicação social e a Igreja da Paz Juruti Velho na diretoria de operações e radio difusão. Durante três anos esta direção administrará as ações da ACDCM e da emissora Muirapinima. O primeiro desafio a ser enfrentado pela diretoria eleita  é a construção do novo prédio da emissora. Francisco Batista em seu discurso de posse  pediu  o esforço e apoio da comunidade em geral. Danizel Marques destacou que a ACDCM deu um passo muito grande em direção à qualidade, principalmente no que se refere a programação da emissora. Para terminar, ele disse ainda que: “hoje a Muirapinima tem uma estrutura de qualidade e isso é trabalho de equipe, não existe alguém que manda, acredito que Francisco fará uma excelente administração pois tem humildade, simplicidade e a capacidade de ouvir e trabalhar em equipe”.
 

JOVENS DO PAE PARTICIPAM DE CURSO DE MANEJO FLORESTAL


O Formar Florestal é uma iniciativa do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal, com o apoio do Fundo Vale. Do Assentamento Juruti Velho/ACORJUVE participaram os jovens Josivan Paz (Açaí), Messias Santos (Santa Rita de Cassia - Miri) representantes a ACORJUVE, Luiz Matos (Surval) e Vandreia Pinto (Açaí) pela AFMB. Messias da comunidade Santa Rita avalia sua participação no curso com estrema relevância, pois estar tendo a oportunidade de ampliar seus conhecimentos em gestão comunitária e participativa. “Uma das vantagens maiores foi conhecer e trabalhar com os produtos madeireiros e não madeireiros”. Josivan   da comunidade Açaí diz que o curso tem proporcionado o conhecimento dos produtos florestais utilizado de forma sustentável. “ para mim o diferencial foi o tempo comunidade, pois usamos a teoria aplicado na pratica e passei a conhecer melhor a realidade e discutir os problemas internos de minha comunidade. Ressaltou Josivan.
 
O Curso teve duração de oito meses e foi realizado com base na Alternância Pedagógica, onde os tempos e espaços de formação comunidade-escola são alternados, visando uma problematização da realidade e reflexão a partir dos conhecimentos técnicos e científicos repassados aos alunos durante as etapas de formação, que iniciaram dia 24 de abril de 2014, em Santarém.

Manejo Florestal Comunitário (Formar Florestal). Concorreram as vagas 69 pessoas. Dentre os critérios para selecionar os 25 participantes estava o local de residência ou atuação do candidato, que deveria atuar em comunidades tradicionais, Unidades de Conservação e/ou Assentamentos da reforma agrária nas áreas de abrangência das rodovias BR163 e Transamazônica, este ano 15 lideranças do PAE Juruti Velho representantes da ACORJUVE estão concorrendo uma vaga no FORMAR/15.

ACORJUVE FAZ INVESTIIMENTO NA QUALIFICAÇÃO PROFISIONA DE JOVENS DO PAE JURUTI VELHO


Em agosto  30 jovens das diversas comunidades do PAE Juruti Velho receberam certificados de conclusão dos cursos na Área da Beleza: manicure e pedicure profissional, cabeleireiro básico, na área Elétrica: Eletricidade Predial, Eletricista de baixa e alta tensão, comandos elétricos e RN10, segurança e instalações e Serviços em eletricidades e na área Administrativa: Departamento pessoal e Almoxarife. Durante 08 meses os jovens receberam formação aos sábados e a certificação foi através de uma escola profissionalizante da cidade de Juruti a Acorjuve além do financiamento dos cursos fornecia alimentação para os que vinham de comunidades mais distantes.
“Meus pais não teriam condições de financiar um curso desse de tamanha importância para minha qualificação profissional e graças a Acorjuve hoje terminei o curso e recebi meu certificado” destacou a jovem Jaqueline Natividade da comunidade Açaí que fez o curso na área da beleza. Denilza Marialva da comunidade Uxituba que fez o curso de Administração ressalta a importância de outros cursos, “vivemos em uma região carente de formação profissional seria muito bom que além desses a ACORJUVE investissem em outros cursos e mais jovens tivessem a mesma oportunidade que tivemos, pois a maioria não tem condições de sair pra cidade pra fazer o curso e nem custear “.