terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

DIRETORIA QUE IRA ADMINISTRAR A ACORJUVE NESTES PROXIMOS TRÊS ANOS

Diretor(a) administração -
Gerdeonor P. dos Santos (Vila Muirapinima) e Abel Rodrigues (Betel)

Diretoria de Pesca -
Martinho Moutinho (São Francisco do Barro) e Adel Silva (Santo Antonio da Ingracia)

 Diretor(a) de Meio Ambiente, Desenvolvimento e Produção Sustentável -
 Esgiron Oliveira e Evandro Marques (Santa Maria do Muriturba)

 Diretor(a) de Secretaria
 - Nazaré Marialva (Capelinha) e Simone Sousa (Alemanha)...
 

Diretor(a) de Finanças e Patrimônios
 - João F. Vidilha (Zé Maria) e Sandro Barroso (Nova Aliança)
 

Diretor(a) de Formação, Assuntos Jurídicos e Resolução de Conflitos Agrários -
 Francisco Pinheiro (Maravilha) e Francisco A. Batista (Juruti Açu)

 Diretor(a) de Cultura, Desportos e Folclore -
Dinelson Hipólito (Nova União) e Carlos Assunção (Surval)

Diretor(a) de Programas Comunitários, Articulação, Comunicação e de Relações Públicas; - Joseilson Xavier (Pompom) e Zilma de Souza (Uxituba)

Diretor(a) de Geração e Gênero -
 Nilacy Pantoja (Jauari) e Agnaldo Pereira (Santa Madalena)

 

ACORJUVE INVESTINDO NA FORMAÇÃO DE SEUS MILITANTES

 
Hoje pela manhã (20) uma equipe de militantes da Acorjuve Juruti Velho partiu rumo a Paraopebas (Sul do Pará) para participar do Curso Básico de Formação de Militantes promovido pelo Movimento Pela Soberania Popular na Mineração que acontece no período de 23 a 28 de fevereiro, no Instituto de Agreocologia Latino Americano - IALA que fica localizado no Assentamento Palmares - Paraopebas.
O curso terá a duração de 06 dias e a meta na participação é de 70 militantes dos diversos movimentos sociais entre eles a ACORJUVE que estará representada por Marlou Batista ( Alemanha) Luiz Carlos ( Pedreira) Marcio Sanches ( São Francisco do Barro), Ivanildo Pontes (Santa Maria do Murituba) e Messias Santos (Santa Rita de Cássia - Miri) todos membros do Conselho Fiscal Comunitário da ACORJUVE.

 A programação é vasta e tem como temas - REALIDADE BRASILEIRA assessoria de Pablo Neri, A MINERAÇÃO NO BRASIL assessoria de Jorge Neri e OS DESAFIOS DA CONSTRUÇÃO DO MAM por Charles Trocate, além de mesas de debates, rodas de conversas para a troca de experiências e exposições de filmes e documentários (Tragédia de Mariana - Minas Gerais) e outros.

ACORJUVE: UNIDADE, LUTA, VITÓRIAS E DESAFIOS


A Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (ACORJUVE) representa uma unidade de ação dos moradores e moradoras tradicionais da Região de Juruti Velho, território que integra 52 comunidades.
 
A ACORJUVE foi fundada em 21 de março de 2004, como uma associação civil, de direito privado, sem fins econômicos, constituída pela união e solidariedade do seu POVO, em uma assembleia que reuniu em torno de 2.000 pessoas. Em seu estatuto, considera permanente, o morador e a moradora que há mais de 05 (cinco) anos tem a posse da terra, e nela trabalha em regime de produção familiar em qualquer ramo de atividade, tais como, extrativismo, artesanato, com exploração direta e contínua.
 
Sua fundação representa o fecho de uma etapa de discussões sobre a melhor e mais adequada forma de lutar pelos direitos, e o início de outra etapa que tem como base a organização coletiva de todos os moradores tradicionais que habitam as 52 comunidades do assentamento Juruti Velho, pois já existiam várias associações em diversas comunidades, mas representavam os interesses apenas dos moradores daquelas comunidades específicas.
 
Com a efetivação da ACORJUVE, a unidade, a coesão de ideias, a harmonia e a integração se fortaleceram, ampliando a participação, entretanto sempre permanecendo a consideração às associações já existentes e as que, porventura, venham a se estabelecer, com quem a ACORJUVE sempre manterá convivência respeitosa e de contribuição mútua.
 
A ACORJUVE tem uma organização democrática, livre, sem interferências externas, não fazendo distinção de qualquer natureza entre seus associados. Atualmente, representa junto ao INCRA e a outros órgãos as famílias beneficiárias do Projeto de Assentamento Agroextrativista – PAE JURUTI VELHO sendo a responsável em zelar pelo cumprimento dos termos do Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) gratuita e resolúvel, de caráter perpétuo, que a UNIÃO, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), celebrou com a ACORJUVE, em 30 de agosto de 2009.
 
A ACORJUVE é fruto da ANGÚSTIA  do SONHO e ESPERANÇA das famílias tradicionais da região de Juruti Velho. Angústia, porque, vivendo há décadas em suas terras, conviviam com a insegurança de não possuírem o documento dessa terra, que também pertenceu a seus ancestrais Mundurukus, situação que os tornava tão apenas observadores de empresários, madeireiros, agro pecuaristas e grileiros que levavam embora suas riquezas, fomentando mais pobreza na população. Esperança, pois sempre acreditaram que suas vidas jamais poderiam ser separadas das riquezas naturais existentes em seu território que sempre souberam preservar, cuidar, vigiar e resguardar, pois que há cumplicidade em suas existências; fé e clareza foram os ingredientes, a base que estimularam a luta para o nascimento da ACORJUVE.
 
A ação predatória da terra e de seus recursos naturais, tendo em vista à sadia qualidade de vida das comunidades da região; atuando, ainda, em defesa da preservação e resgate da cultura e tradição dos habitantes das comunidades da região de Juruti Velho, com isso buscando unir e solidarizar-se com os movimentos sociais e da classe trabalhadora, atuando sem descanso na defesa dos direitos e garantias ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida, inclusive tomando e implementando medidas necessárias em face de empresas mineradoras, madeireiras e plantadoras de grãos, ou que agem a seus interesses, visando à preservação e conservação ambiental da Região, como meio de erradicar a pobreza e a marginalidade e reduzir as desigualdades sociais, tendo sempre como referência as comunidades tradicionais da Região de Juruti Velho.