segunda-feira, 31 de março de 2014

EM JURUTI, A CRIAÇÃO DO PEIXE EM CATIVEIRO VAI GARANTIR O ABASTECIMENTO DO PESCADO NA SEMANA SANTA

 
A criação de peixe em cativeiro ainda é novidade na região de Juruti Velho, no município de Juruti. Em junho de 2013, sessenta famílias de 22 comunidades, foram capacitadas e a partir de então colocaram em prática o projeto.
 
Em junho do ano passado, após a capacitação, cada família recebeu um tanque-rede e 500 alevinos. Mensalmente, A ACORJUVE – Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho, financiadora do projeto, também disponibiliza ração e assistência técnica. O peixe recebe alimentação duas vezes ao dia. O uso da mandioca complementa o cardápio.
Através desse projeto, o tambaqui, peixe tradicional, mas escasso nessa região, poderá ser encontrado sem muitas dificuldades. “O tambaqui é um peixe muito gostoso, mas na nossa região de Juruti Velho nós não temos. Ele é encontrado com mais facilidade na várzea. A gente tem comido do peixe e é muito saboroso, que nem o da várzea”, informou Ester de Matos Pereira, que cria tambaqui e tabatinga na comunidade Monte Moriá.
 
As gaiolas são construídas em madeira itaúba, que é resistente à água e aos ataques dos botos, que na várzea estão sempre por perto das gaiolas.
Seu José também aceitou o desafio de criar peixes em cativeiro. O criador está confiante nessa nova fonte de renda em Juruti Velho. “Eu não tinha muita prática com o peixe, agora que comecei vou dar continuidade, pois estou vendo que vamos ter muito lucro com isso”, ressaltou o criador.
Dez meses após o início do projeto, os peixes estão praticamente no ponto de comercialização. Muitos já estão com 40 centímetros de comprimento e pesando acima de 01 quilo, tamanho e peso ideais para venda.
Na Semana Santa deste ano, pelo menos dez toneladas do pescado criado em cativeiro serão comercializadas em Juruti. No momento, técnicos da ACORJUVE estão indo nas comunidades verificar a situação do pescado para saber a demanda de cada criador.
 
“Estamos verificando o tamanho, o peso e qualidade dos peixes a fim de oferecer em Juruti durante a Semana Santa. Os que estiverem com pelo menos 01 quilo já estarão no ponto de ser
comercializados”, destacou Agostinho Guimarães, técnico em Agropecuária/ACORJUVE.