quarta-feira, 25 de abril de 2012

IMAGEM DE JURUTI VELHO

COMUNITÁRIOS DA REGIÃO DE JURUTI VELHO PARTICIPANDE DE OFICINA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM CATIVEIRO



De acordo com os especialistas, a criação de peixe em cativeiro tem aumentado nos últimos anos, mas as medidas governamentais, como o estímulo à criação de peixes em cativeiro, ainda não são  suficientes diante da crescente demanda pelo pescado em nossa região.
Com objetivo de implementar essa pratica na região de Juruti Velho as Irmãs Franciscanas de Maristellas no Brasil tiveram a iniciativa de realizar a oficina de criação de peixes em gaiolas na região, a oficina contou com a assessoria de técnicos da UFAM e a parceria da ACORJUVE. Estiveram participando 20 comunitários de Juruti Velho.



PARTICIPANTES DO PROJETO COSTURANDO RELAÇOES RECEBEM MATERIAL PARA A PRODUÇÃO


 Entrega do Material para a produção do Projeto Costurando relações


 Equipe de confecção de redes


Grupo de coste e costura


Grupo de produção de crochê

ACORJUVE FINALIZA PLANEJAMENTO DAS AÇÕES PARA 2012


Direção, Coordenação do Conselho e Assessoria da ACORJUVE reunirá dia 30 de abril (segunda feira), no Centro de Formação Canto da Guariba, para concluir o planejamento das ações de 2012 da organização.

ENCONTRO DE PROJETOS DO FUNDOS SOLIDÁRIOS



Iniciou hoje dia 24 e vai até dia 28 de abril o encontro  de Intercambio das Experiências de Fundo Solidário promovido pela Caritas Brasileira, o objetivo desde evento é implementar ações e fomentar as Finanças Solidárias com base em Fundos Solidários e promover atividades de intercâmbios das entidades parceiras. Da diocese de Óbidos participam três representantes Francely Brandão articuladora da Caritas Diocesana e Simone Castro Secretária da Acorjuve e Isabel Cristina Assessora de comunicação.

EM DEFESA DOS TERRITÓRIOS DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS

Em defesa dos territórios e dos direitos dos povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e demais populações tradicionais
Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 50ª Assembleia Geral, reafirmamos nosso compromisso com os povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e demais populações tradicionais, pelo fortalecimento de suas identidades e organizações próprias, na defesa dos seus territórios, na educação intercultural bilingue dos povos indígenas e na defesa de seus direitos.  “A partir dos princípios do Evangelho, apoiamos a denúncia de atitudes contrárias à vida plena em nossos povos de origem e nos comprometemos a prosseguir na obra da evangelização (...), assim como a procurar as aprendizagens educativas e de trabalho com as transformações culturais que isso implica” (cf. DAp 530). 
A Constituição Federal de 1988, ao confirmar o direito territorial dos povos indígenas e das comunidades quilombolas, bem como dos pescadores artesanais e outras populações tradicionais, representou muito mais do que a necessária reparação do erro histórico da apropriação de suas terras e da escravidão. É o reconhecimento da sociedade brasileira de que para esses povos a terra e a água são um bem sagrado, que vai além da mera produção para sobrevivência, não se reduzindo à simples mercadoria. É patrimônio coletivo de todo um povo, de seus usos e costumes, assim como a apropriação dos seus frutos.
Ao Governo Federal, cabe o dever constitucional de reconhecer, demarcar, homologar e titular os territórios indígenas, quilombolas e das demais populações tradicionais, ressarcindo seus direitos, passo fundamental e determinante para garantir sua sobrevivência. Sem a garantia de acesso à terra, elemento base da cultura e da economia dessas populações, elas continuarão a sofrer opressão, marginalização, exclusão e expulsão, promovidas por empresas depredadoras, pelo turismo, a especulação imobiliária, o agronegócio e pelos projetos governamentais, como as grandes barragens, que têm invadido áreas  cultivadas, alterando o ciclo de vida dos rios e provocando o despovoamento de suas margens.
Lamentamos profundamente o adiamento dos procedimentos administrativos de demarcação, a invasão e a exploração das terras dos povos tradicionais. Chamamos especial atenção para as condições de confinamento e os assassinatos que vitimam o povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. Um verdadeiro genocídio está em curso, maculando a imagem de nosso País como defensor dos direitos humanos.
Repudiamos, de modo veemente, o ataque desferido pela bancada ruralista e outros segmentos do Congresso Nacional aos direitos dos povos indígenas, consignados em nossa Carta Magna, através de proposta de emenda constitucional, a PEC 215/2000.  
Em relação às comunidades quilombolas, preocupa-nos a morosidade no reconhecimento dos seus territórios. Rejeitamos a sórdida estratégia de questionar a constitucionalidade do processo de titulação de suas terras, de modo a impedir os trâmites legais que atendam aos seus legítimos anseios.
Conclamamos o Governo brasileiro ao cumprimento da Constituição Federal e dos instrumentos internacionais dos quais o Brasil é signatário, especialmente a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT; à proteção dos direitos dos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e das demais populações tradicionais, como forma de pagamento da dívida histórica que o Brasil tem com esses povos, demarcando e homologando os seus territórios, impedindo sua invasão, em defesa dos mais pobres e vulneráveis em nosso País.
Sob a proteção de Maria, a quem invocamos como Rainha e Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, confiamos a proteção do nosso povo que constrói, na fé e esperança, um Brasil verdadeiramente para todos.

Aparecida – SP, 23 de abril de 2012

Empresários ameaçam interditar ferrovia da Alcoa em Juruti

Na manhã dessa segunda-feira, 23, um grupo de empresários de Santarém e Juruti se reuniram com a finalidade de chamar atenção da Alcoa, para que tome alguma providência quanto a situação da empresa Compacta, uma de suas contratadas que está passando por dificuldades financeiras e não consegue liquidar débitos nas praças de Santarém e Juruti. Os empresários ameaçam interditar a ferrovia que serve de transporte de bauxita da Alcoa, caso não se chegasse a uma solução para o problema.
            O grupo de empresários de Santarém que possuem valores a receber da empresa Compacta, se reuniram na Acej com os empresários de Juruti que também estão na mesma situação, para que juntos pudessem fazer ‘pressão’ contra a mineradora Alcoa no sentido de tentar encontrar uma forma para que a Compacta pague seus débitos.
            De acordo com os empresários de Santarém, a dívida da Construtora Compacta já chega a um milhão de reais somente com os fornecedores e prestadores de serviço de Santarém, calcula-se um débito total da empresa em torno de 3,5 milhões de reais somando com as dívidas no comércio de Juruti e com funcionários da empresa. Segundo os empresários, não adiante mais negociar com a direção da Compacta porque a empresa não consegue honra com os pagamentos, a única forma de tentar receber o débito é pressionando a Alcoa para que se empenhe em forçar o pagamento das dívidas de suas contratadas. Alguns empresários já retiraram suas máquinas do pátio da Compacta e outras ainda estão prestando serviço mas temem aumentar a dívida e a empresa decretar falência.
            O Diretor Geral de Operação da Alcoa, Evandro Rolim, lamentou que tal situação tivesse chegado ao ponto de empresários tentarem fazer manifestação para receber seus valores da empresa Compacta, mas que não pode fazer muita coisa, pois os serviços que foram executados pela prestadora foram todos pagos e o negócio foi entre os empresários e a Compacta, não diz respeito a Alcoa, mas garantiu aos empresários que a mineradora vai manter serviços com a empresa Compacta para que ela não decrete falência e consiga pagar seus débitos a médio e longo prazo.
            A Cosntrutora Compacta já apresentou um plano estratégico de gestão dos recursos da empresa, que foi avaliado pela Acej e Alcoa, disponibilizando inclusive alguns bens para que seja sanada parte das dívidas.
            Na reunião ficou acertado que os empresários sócios da ACEJ (Associação Comercial de Juruti) e ACES (Associação Comercial de Santarém) que possuem valores a receber da empresa Compacta, devem procurar a associação para apresentar o valor da dívida, que será somada os valores dos débitos existentes em Santarém e Juruti para que seja apresentado um relatório da situação. Após a conclusão desse relatório, será encaminhada cópia para Alcoa, que segundo Rolim, enviará para a diretoria da mineradora avaliar uma possível ajuda a sua contratada, para que não se permita um ‘calote’ no comércio, caso seja decretada falência.
            Olívia Ramos, presidenta da Acej, assegurou que a Associação Comercial de Juruti, vai formar uma comissão, inclusive com representantes da Alcoa, para acompanhar a gestão da empresa Compacta a partir de agora e ajudar a empresa no que possível.
COMPACTA – Convocado a participar da reunião, o diretor da empresa Compacta em Juruti, Henrique Borba, pediu desculpas a diretoria da Alcoa e aos empresários presentes, lamentou a forma que chegou a serem cobradas as dívidas e disse que já disponibilizou parte do seu patrimônio pessoal e da empresa para que seja vendido, a fim de quitar débitos.
            Henrique colocou a disposição de venda uma fazenda, uma casa e um caminhão, para que seja sanada parte da dívida. Disse que reduziu em 50% o número de funcionários e contratou uma pessoa para fazer a gestão das receitas da empresa, afim de que, a partir de agora mantenha todos os pagamento em dia dos fornecedores, prestadores de serviço e funcionários, o que entraria como lucro na empresa deverá ser destinado a pagar dívidas.
            A Construtora Compacta, chegou em Juruti em 2007 para trabalhar na obra de construção do Projeto Juruti da mineradora Alcoa, foi uma das poucas que permaneceram no município e pagava seus débitos normalmente no comércio local e regional. Tendo sua principal receita os trabalhos disponibilizados pela Alcoa, com o término da obra de construção do Projeto os serviços foram reduzidos, mesmo assim a empresa manteve o emprego de cerca de 300 funcionários. Em 2010 a Compacta começou a entrar em crise financeira por conta dos serviços reduzidos e obras durante o inverno, e se agravou em 2011 quando não conseguiu mais pagar em dia os funcionários e atrasou com os fornecedores.
            Hoje a empresa, tenta se manter ativa para não dar ‘calote’ e depende principalmente da continuação dos serviços oferecidos pela Alcoa, haja visto que em outras grandes obras a Compacta fica impedida de participar da licitação, por não possui mais a Declaração de Nada Consta.

MANIFESTAÇÃO – Os empresários de Santarém afirmaram a reportagem do Agora Juruti que vão esperar da Acej juntamente com a Alcoa, que encontre uma maneira para começar a ser paga as dívidas que a Compacta tem com eles, caso contrário, não será mais convocada nenhuma reunião e estarão interditando a ferrovia que transporta bauxita da mineradora Alcoa e a rodovia Translago em forma de manifesto.
Data 2012-04-24 10:14