quinta-feira, 13 de junho de 2013

INCRA E ACORJUVE ENTREGAM TITULOS DA CASA PROPRIA EM JURUTI VELHO

Famílias que moram no Assentamento Juruti Velho, Município de Juruti  receberam novas residências do projeto habitacional construído com recursos do governo federal em parceria com a Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho, segundo informações do Diretor de Assuntos Jurídicos e Conflitos Agrários da ACORJUVE Francisco Pinheiro, já foram concluídas 205 casas e entregue aos proprietários, encontram-se em fase de conclusão 301 já levantas faltando apenas o rebocada, concluídas de acordo com a liberação dos recursos. No geral serão 610 casas, aprovadas nesta primeira etapa. A expectativa é de construir 1.800 de acordo com o numero de beneficiários que estão em RB  e tem esse beneficio já aprovados pelo INCRA.


 
Dona Nazaré da comunidade Germano

 
Comunidade Juruti Açú - dona Francisca
 
"Estamos nos esforçando para fazer a nossa parte, juntando as pedras e construindo melhoria de qualidade de vida para o povo de Juruti Velho".
Francisco Pinheiro 
 
 
Comunidade Nova Macaiani

 
Comunidade Ordem

 
Comunidade Monte Sinai Católico
 
 
Dona Nelvane recebendo o titulo de proprietária definitiva.  Parabéns agora a casa é sua de fato de direito. 

ACORJUVE: HÁ NOVE ANOS CONTRIBUINDO COM O DESENVOLVIMENTO DE JURUTI VELHO ítulo da postagem

Em 2004, a fim  de lutar por benefícios que pudessem contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento da região de Juruti Velho, composta por 49 comunidades, foi criada a ACORJUVE – Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho, onde vivem mais de nove mil pessoas.

O atual diretor administrativo da ACORJUVE, Gerdeonor Pereira, lembra que antes da associação, o individualismo era intenso na região. As comunidades eram desunidas, cada morador pensava somente em sua situação e a luta em busca de melhorias era fraca, sem resultados positivos. 

Gerdeonor P. dos Santos Presidente da ACORJUVE
Os investimentos feitos nas comunidades são definidos em reuniões e assembleias organizadas pela ACORJUVE. Com as prioridades definidas, a associação e a comunidade organizam um puxirum. Cabe à ACORJUVE o fornecimento do material necessário para a execução da obra. E à comunidade, o fornecimento da mão de obra. “Deu certo essa parceria entre a comunidade e a diretoria da ACORJUVE, estamos construindo muitas coisas e vamos construir muito mais”, destaca Gerdeonor.

Gerdeonor Pereira também ressaltou que no período de 2005 a 2012 foi feita uma parceria entre a ACORJUVE e a Prefeitura de Juruti para a execução de algumas obras em muitas comunidades. E essa parceria deve ser mantida com o governo atual. Gerdeonor garantiu que os primeiros contatos como o novo prefeito de Juruti, Marco Aurélio Dolzane do Couto, já foram feitos. 

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Uma das grandes conquistas de muitos moradores foi o abastecimento de água potável. Durante décadas os moradores eram obrigados a carregar água em baldes e latas das margens do lago e dos igarapés. Era um sacrifício que se repetia todos os dias e quase sempre protagonizados por mulheres e crianças, já que os homens estavam nas roças ou pescando para garantir o sustento diário. 

Em muitas outras comunidades a ACORJUVE contribuiu e está contribuindo para a ampliação da rede de distribuição de água. É o que vem acontecendo na comunidade de Juruti-Açu, onde vivem 56 famílias. Nesta comunidade, a ACORJUVE vai realizar o sonho de 11 famílias que ainda precisam carregar a água de igarapés, das margens do lago e de casas de vizinhos para beber, tomar banho, lavar louças e roupas, e preparar seus alimentos. O microssistema de abastecimento de água foi construído pela Prefeitura de Juruti e não contemplou todas as famílias da comunidade. No verão, quando o nível da água do lago baixa, os moradores caminhavam bastante para conseguir um pouco de água. “É muito ruim ver muitos vizinhos tomando uma água boa enquanto outros ainda são obrigados a tomar a água do rio. Quando o verão é muito grande a água do lago baixa bastante e fica só uma lama. Era um grande sacrifício. Então, a ACORJUVE viu essa situação e resolveu ampliar a rede para as demais famílias. Agora muitas senhoras, donas de casas, terão um sossego. A água é de qualidade e boa para beber”, disse o líder comunitário Francisco Batista de Almeida, de Juruti-Açu.

“Agradecemos a Deus e a Direção da ACORJUVE pela iniciativa. Antes, a gente precisava caminhar até 200 metros para pegar a água no rio. Era uma dificuldade para todas as famílias. Erámos o
brigados a carregar água a qualquer hora, de dia, de noite, na chuva. Além disso, essa água causava vários problemas de saúde”, ressaltou o pescador João Filho, que há 26 anos mora na comunidade Zé Maria, onde vivem 12 famílias. 

Gerdeonor Pereira garante que oitenta por cento das nossas comunidades do PAE Juruti Velho já possuem água de qualidade.

 
 
 
ENERGIA ELÉTRICA 

Energia elétrica de qualidade também está chegando a muitas famílias da região de Juruti Velho. 

Na comunidade de Pedreira, as 11 famílias que moram ali vão receber energia elétrica em casa nos próximos dias. Com recursos destinados ao uso coletivo, a ACORJUVE adquiriu um gerador de energia e está em fase de implantação da rede de distribuição. 

O coordenador da comunidade, Danilson Teodoro de Almeida, lembra que à noite a escuridão é grande na comunidade. Atualmente, para assistir a um jogo, por exemplo, a família de seu Danilson se reúne, compra o combustível para o funcionamento de um pequeno gerador instalado em uma embarcação. Segundo ele, sair de casa à noite é meio perigoso, pois é comum a presença de animais peçonhentos tanto nas estradas quanto nas águas. Cobras e jacarés são encontrados com facilidade e podem atacar moradores desprevenidos.  

“Vamos reivindicar junto à prefeitura de Juruti e ao Governo Federal para que o programa Luz para Todos possa ser implantado no PAE Juruti Velho para que a gente resolva de uma vez por todas a questão da energia aqui na nossa região. Estamos brigando e vamos brigar para que isso seja possível”, destaca o presidente da ACORJUVE.

SEGURANÇA

A segurança na região de Juruti Velho melhorou consideravelmente com a implantação do Destacamento da Polícia Militar, em 18 de julho de 2012. Essa conquista é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Juruti, Polícia Militar e Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho. 

Sargento Pereira, comandante do Destacamento da Polícia Militar em Juruti Velho, lembra que quando chegou à região de Juruti Velho o índice de violência era elevado. “No momento em que chegamos aqui havia apenas um grupo de agentes pacificadores, formado por moradores da região. Hoje, com a realização de reuniões e trabalhos

preventivos o índice de violência diminuiu”. Em Juruti Velho, o destacamento da PM aguarda o repasse de uma viatura e de uma embarcação para atender a todas as 45 comunidades que formam a região. Enquanto isso, a ACORJUVE tem garantido a locomoção, quando necessário, dos policiais e agentes pacificadores fornecendo lanchas e combustível. A ACORJUVE tem contribuído ainda com a alimentação dos policiais. A reforma da casa onde funciona o Destacamento da PM em Juruti Velho também teve o apoio da ACORJUVE. 

O Destacamento da PM em Juruti Velho é composto por 01 sargento, 01 cabo e 04 soldados, além dos 06 agentes pacificadores que já atuavam por lá. Diariamente, os PMs e os agentes fazem rondas nas praças, nas escolas e em locais com grandes fluxos de pessoas, realizando um trabalho preventivo.

“Foram várias as reuniões realizadas em Belém e em Santarém até conseguirmos esta conquista. Hoje a região melhorou. A segurança melhorou oitenta por cento em Juruti Velho com a presença da polícia militar. De tanto a gente bater na porta do governo a gente conseguiu. Foi uma grande luta da ACORJUVE e vai melhorar ainda mais”, destaca Gerdeonor Pereira.

CASA PRÓPRIA

No ano de 2010, a casa própria deixou de ser um sonho e passou a ser realidade para muitas famílias de Juruti Velho. É o que relatou o diretor de formação jurídica e conflitos agrários da ACORJUVE, Francisco Pinheiro. Ele lembra que isso foi resultado de uma luta de mais de 18 anos das famílias da região de Juruti Velho, que queriam ser reconhecidas como verdadeiras proprietárias da terra onde vivem. Direito esse que foi conquistado em 2009. 

A ACORJUVE conseguiu, junto ao INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, recursos para a construção de casas populares. De acordo com Francisco Pinheiro já foram entregues 121 casas na região de Juruti Velho. Em breve outras 21 serão entregues. Em fase de construção se encontram outras 355 casas. O INCRA repassa para cada casa recursos no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); e a ACORJUE entra com uma parcela para complementar a obra. Para ser contemplada com uma casa popular a pessoa precisa estar cadastrada na Relação de Beneficiários do INCRA.

Com recursos da própria associação foram entregues 12 casas populares a famílias que não estão incluídas na Relação de Beneficiários do INCRA e que precisam de um local digno para morar. 

Antonilzo Ferreira de Lima, 48 anos, morador da comunidade Juruti-Açu, pai de 08 filhos, conseguiu há 02 anos realizar o sonho da casa própria. Hoje, ele comemora essa conquista. “Graças a Deus a luta que começou em 2004 deu resultado positivo. Hoje temos a nossa casa e conseguimos realizar um sonho”, disse o produtor rural.

EDUCAÇÃO

A ACORJUVE tem contribuído com o setor educacional de Juruti Velho. Na Vila Muirapinima, por exemplo, a associação proporcionou a reforma da escola Judith Barroso Pinheiro, onde funcionará a Casa dos Professores e a Escola do Ensino Médio em 2013. Além disso, doou mesa e cadeiras para o funcionamento do Departamento do Ensino Médio, que funciona na Escola Lígia Meirelles.

MEIO AMBIENTE 

A ACORJUVE tem combatido com firmeza a exploração ilegal de madeira. No quilômetro 53 da estrada que liga Juruti à Mina de Bauxita, a associação instalou uma guarita onde seus próprios associados fiscalizam a movimentação de caminhões a fim de evitar a saída ilegal de madeira. “Estamos aguardando que o governo faça a sua parte, que é fiscalizar e combater a exploração ilegal de madeira. Enquanto isso não acontece nós vamos continuar vigiando e defendendo o que é nosso”, destacou Gerdeonor.  

Outro projeto importante em prol do meio ambiente, desenvolvido em parceria com a UFAM – Universidade Federal do Amazonas, é o Pé de Pincha, que visa o repovoamento de rios e lagos da região através da soltura de quelônios. Em Juruti Velho o projeto é desenvolvido desde 2003, em 16 comunidades. 

DENÚNCIA: FACULDADE INVESTIGADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO PODE ESTAR ATUANDO DE FORMA IRREGULAR NA REGIÃO

 13/6/2013

 A reportagem do Jornal da Manhã da Rádio Rural recebeu denúncia de que a Faculdade de Ciências Humanas de Vitória – Favix poderia estar promovendo curso de nível superior em Santarém e em outros municípios do Baixo Amazonas.
 
A suspeita surgiu após consulta junto ao site do Ministério da Educação e o nome da referida faculdade não constar na lista das instituições credenciadas para atuar em Santarém.
 
Outra suspeita é que o CNPJ que consta em documentos oficiais da instituição não foi localizado junto a Receita Federal.
 
Porém, fomos informados que a Faculdade de Ciências Humanas de Vitória, integra um grupo com sede em Brasília denominado Grupo Continental Educacional, do qual fazem parte outras instituições de ensino superior.
 
Por telefone conseguimos falar com algumas pessoas que teriam ligação com a FAVIX, mas ninguém estaria autorizada a falar, mesmo assim informaram que a faculdade tem representantes em várias regiões do país.
 
No site do Ministério Federal consta a lista das instituições que já foram recomendadas a suspender as atividades irregulares no Pará.
 
Inclusive MPF já entrou com ações judiciais para pedir a suspensão dos cursos e propaganda ilegais aqui no Estado. O nome da Faculdade de Ciências Humanas de Vitória – FAVIX consta nessa lista. Além da FAVIX há outras 8 instituições que ministram cursos no Estado no alvo do Ministério Público Federal.
 
No município de Santarém, a FAVIX atua nas comunidades: Murumuru, Guaraná, São Raimundo da Palestina, Curuai, Parauá, Vila Socorro, Vila Gorete e Jacamim. Nesta última, todos os alunos desistiram e estão pedindo ressarcimento do dinheiro pago até agora. Além de Santarém os cursos são ministrados, também, em Monte Alegre, Juruti e Itaituba.

Fonte: Redação da Rádio Rural