sexta-feira, 27 de abril de 2012

Belo Monte: a barreira jurídica. Entrevista especial com Felício Pontes Júnior

“Onde não estamos vencendo é na área jurídica. Muitas decisões foram tomadas, por diferentes juízes ao longo de 10 anos, determinando a paralisação do licenciamento por ilegalidades, mas foram todas suspensas pelo Tribunal Regional Federal de Brasília, na maioria por decisão de seu presidente”, pontua o procurador da República no Pará.

Confira a entrevista.


As obras da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte recém começaram e a situação do município de Altamira, no Pará, é de “completo caos”, pois a população cresceu e os serviços públicos entraram em “colapso”, avalia Felício Pontes Júnior em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line

De acordo com o procurador, os movimentos contrários à construção de Belo Monte ganharam bastante visibilidade e conseguiram discutir o tema com a sociedade. No entanto, os dilemas concentram-se na área jurídica. Das 13 ações judiciais encaminhadas pelo Ministério Público Federal – MPF, por conta das irregularidades de Belo Monte, “apenas uma foi julgada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e outras três julgadas na primeira instância. A maioria, portanto, não chegou a ser julgada ainda nem na primeira instância”, informa. A responsabilidade pela demora do julgamento, segundo Pontes Júnior, “é do próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que criou em 2011 uma vara especializada em feitos ambientais em Belém e ordenou que todos os processos de Belo Monte que tramitavam em Altamira fossem enviados para a capital”. Conforme explica, “a vara passou meses sem juiz titular e quando finalmente chegou um juiz para ficar, no segundo semestre do ano passado, ele discordou do Tribunal e devolveu para Altamira os processos, o que criou em muitos casos o chamado conflito negativo de competência, um incidente que atrasa ainda mais os processos”.

Na entrevista a seguir, o procurador também comenta a iniciativa da Advocacia-Geral da União – AGU, que no final do ano passado pediu seu afastamento dos processos relacionados a Belo Monte. “Na verdade a AGU não tem poder para determinar nada sobre a atuação do MPF. Ela fez uma representação contra o MPF no Conselho Nacional do Ministério Público para tentar me afastar do caso Belo Monte, como já tentaram de outras vezes. Acredito que seja uma tentativa de intimidar o trabalho do MPF. É aquela coisa: já que não se pode lutar contra acusação, tenta-se desmoralizar o acusador”, afirma.
Felício Pontes Júnior (foto) é procurador da República junto do Ministério Público Federal do Pará. Possui atuação nas áreas indígena, ambiental e ribeirinha, e é mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio.
Confira a entrevista.

IHU On-Line Segundo informações, a prefeitura de Altamira pediu ajuda às Forças Armadas para que seja instalado um hospital de campanha na cidade por conta do caos na saúde. Qual a atual situação da cidade?

Felício Pontes Júnior
– A situação é de completo caos, porque, tal como apontamos em ação judicial e também em recomendações, o Ibama não poderia ter permitido o início das obras sem o cumprimento das condicionantes impostas pelo próprio Ibama. As consequências ficaram muito claras agora, com a população crescendo e os serviços públicos em colapso. É uma irresponsabilidade que foi vista em Rondônia, repetida em Belo Monte e a sociedade brasileira não pode aceitar que se repita em outras obras, porque quem sofre, quem fica vivendo em situação de desespero são os mais pobres, justamente aqueles que precisam da proteção do Estado.

IHU On-Line Quantas ações judiciais em relação a Belo Monte ainda não foram julgadas pelo Supremo Tribunal Federal? Quais as razões da demora no julgamento?

Felício Pontes Júnior
– É preciso esclarecer que apenas uma das ações do Ministério Público Federal – MPF no caso Belo Monte chegou ao Supremo Tribunal Federal, justamente aquela que impediu que o licenciamento da usina fosse feito em esfera estadual. Quando o governo brasileiro retoma o projeto em 2005, obedece ao determinado pela primeira ação judicial, mas comete várias outras graves irregularidades que são apontadas pelo Ministério Público Federal em outras 13 ações judiciais. De todas essas, apenas uma foi julgada no Tribunal Regional Federal da 1ª Região e outras três julgadas na primeira instância. A maioria, portanto, não chegou a ser julgada ainda nem na primeira instância.

Parte da responsabilidade pela demora no julgamento é do próprio Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que criou em 2011 uma vara especializada em feitos ambientais em Belém e ordenou que todos os processos de Belo Monte que tramitavam em Altamira fossem enviados para a capital. A vara passou meses sem juiz titular e quando finalmente chegou um juiz para ficar, no segundo semestre do ano passado, ele discordou do Tribunal e devolveu para Altamira os processos, o que criou em muitos casos o chamado conflito negativo de competência, um incidente que atrasa ainda mais os processos. Por conta de todos esses problemas, solicitamos ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ que acompanhe de perto os processos de Belo Monte. A demora no julgamento pode tornar as ações inócuas.

IHU On-Line Em função de Belo Monte, o direito da natureza está sendo discutido no judiciário. Como juridicamente esta questão é abordada?

Felício Pontes Júnior
– A usina, de acordo com todos os documentos técnicos produzidos, seja pelo Ibama, pelas empreiteiras responsáveis pelos Estudos, seja pela Funai, o MPF ou os cientistas que se debruçaram sobre o projeto, vai causar a morte de parte considerável da biodiversidade na região da Volta Grande do Xingu – trecho de 100km do rio que terá a vazão drasticamente reduzida para alimentar as turbinas da hidrelétrica. Esse trecho do Xingu é considerado, por decreto do Ministério do Meio Ambiente (Portaria MMA n. 9/2007), como de importância biológica extremamente alta, pela presença de populações animais que só existem nessa área, essenciais para a segurança alimentar e para a economia dos povos da região.
A vazão reduzida vai provocar diminuição de lençóis freáticos, extinção de espécies de peixes, aves e quelônios, a provável destruição da floresta aluvial e a explosão do número de insetos vetores de doenças. Um trecho da nossa ação judicial sobre o assunto demonstra o ineditismo da tese: "Quando os primeiros abolicionistas brasileiros proclamaram os escravos como sujeitos de direitos foram ridicularizados. No mesmo sentido foram os defensores do sufrágio universal, já no século XX. Em ambos os casos, a sociedade obteve incalculáveis ganhos. Neste século, a humanidade caminha para o reconhecimento da natureza como sujeito de direitos. A visão antropocêntrica utilitária está superada. Significa que os humanos não podem mais submeter a natureza à exploração ilimitada”. Espero que essa tese, inédita na Justiça brasileira, vença.

IHU On-Line Como você recebeu a notícia de que deveria ficar afastado das ações referente a Belo Monte por determinação da AGU? Como está este processo?

Felício Pontes Júnior
Na verdade, a AGU não tem poder para determinar nada sobre a atuação do MPF. Ela fez uma representação contra o MPF no Conselho Nacional do Ministério Público para tentar me afastar do caso Belo Monte, como já tentaram de outras vezes. Acredito que seja uma tentativa de intimidar o trabalho do MPF. É aquela coisa: já que não se pode lutar contra acusação, tenta-se desmoralizar o acusador. Não creio que isso possa surtir qualquer efeito.

IHU On-Line Deseja acrescentar algo?

Felício Pontes Júnior
– Do ponto de vista de comunicação, é certo que nós vencemos a guerra. Eles não conseguiram provar que Belo Monte é viável, nem mesmo do ponto de vista econômico, já que a usina deve ficar sem produzir energia durante uns quatro meses do ano, em virtude da diferença entre cheia e seca do Xingu. Graças às ações dos movimentos indígena e ambiental em vários pontos do país, a sociedade ficou sabendo a verdade sobre esse projeto, que é o mais caro do Brasil e vai ser pago por nós, brasileiros.

Onde não estamos vencendo é na área jurídica. Muitas decisões foram tomadas, por diferente juízes ao longo de 10 anos, determinando a paralisação do licenciamento por ilegalidades, mas foram todas suspensas pelo Tribunal Regional Federal de Brasília, na maioria por decisão de seu presidente. Nosso objetivo é que essas ações possam tramitar com rapidez para que cheguem ao Supremo Tribunal Federal antes do fato consumado.

Fonte:http://www.ihu.unisinos.br
Quinta, 26 de abril de 2012

ÓBIDOS: MP APURA SUPOSTA VIOLAÇÃO DE DIREITOS TERRITORIAIS QUILOMBOLAS


Por iniciativa da promotora Eliane Moreira, o MP (Ministério Público) do Pará em Óbidos instaurou inquérito para apurar suposta violação dos direitos territoriais dos quilombolas do Ariramba, comunidade localizada na Floresta Estadual (Flota) do Trombetas.
Os quilombolas exigem a identificação, demarcação e o reconhecimento de suas terras, conforme garante a Constituição Federal e convenções de Direitos Humanos.
O inquérito também deve apurar denúncias de ameaças contra a integridade física das lideranças, por madeireiros da região que exploram madeira de forma ilegal dentro da Flota Trombetas, e no território reivindicado pelos quilombolas.
Criada em 2006, a Floresta Estadual do Trombetas é uma unidade de conservação para uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e para pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.
A procuradora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MP, Maria da Graça Azevedo da Silva, deu urgência ao procedimento, ressaltando que tal situação de conflito deve ocorrer invisivelmente em outras regiões e por isto é necessário que a instituição permaneça atenta.

Fonte:http://www.mp.pa.gov.br

quarta-feira, 25 de abril de 2012

IMAGEM DE JURUTI VELHO

COMUNITÁRIOS DA REGIÃO DE JURUTI VELHO PARTICIPANDE DE OFICINA DE CRIAÇÃO DE PEIXES EM CATIVEIRO



De acordo com os especialistas, a criação de peixe em cativeiro tem aumentado nos últimos anos, mas as medidas governamentais, como o estímulo à criação de peixes em cativeiro, ainda não são  suficientes diante da crescente demanda pelo pescado em nossa região.
Com objetivo de implementar essa pratica na região de Juruti Velho as Irmãs Franciscanas de Maristellas no Brasil tiveram a iniciativa de realizar a oficina de criação de peixes em gaiolas na região, a oficina contou com a assessoria de técnicos da UFAM e a parceria da ACORJUVE. Estiveram participando 20 comunitários de Juruti Velho.



PARTICIPANTES DO PROJETO COSTURANDO RELAÇOES RECEBEM MATERIAL PARA A PRODUÇÃO


 Entrega do Material para a produção do Projeto Costurando relações


 Equipe de confecção de redes


Grupo de coste e costura


Grupo de produção de crochê

ACORJUVE FINALIZA PLANEJAMENTO DAS AÇÕES PARA 2012


Direção, Coordenação do Conselho e Assessoria da ACORJUVE reunirá dia 30 de abril (segunda feira), no Centro de Formação Canto da Guariba, para concluir o planejamento das ações de 2012 da organização.

ENCONTRO DE PROJETOS DO FUNDOS SOLIDÁRIOS



Iniciou hoje dia 24 e vai até dia 28 de abril o encontro  de Intercambio das Experiências de Fundo Solidário promovido pela Caritas Brasileira, o objetivo desde evento é implementar ações e fomentar as Finanças Solidárias com base em Fundos Solidários e promover atividades de intercâmbios das entidades parceiras. Da diocese de Óbidos participam três representantes Francely Brandão articuladora da Caritas Diocesana e Simone Castro Secretária da Acorjuve e Isabel Cristina Assessora de comunicação.

EM DEFESA DOS TERRITÓRIOS DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS

Em defesa dos territórios e dos direitos dos povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e demais populações tradicionais
Nós, Bispos do Brasil, reunidos na 50ª Assembleia Geral, reafirmamos nosso compromisso com os povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e demais populações tradicionais, pelo fortalecimento de suas identidades e organizações próprias, na defesa dos seus territórios, na educação intercultural bilingue dos povos indígenas e na defesa de seus direitos.  “A partir dos princípios do Evangelho, apoiamos a denúncia de atitudes contrárias à vida plena em nossos povos de origem e nos comprometemos a prosseguir na obra da evangelização (...), assim como a procurar as aprendizagens educativas e de trabalho com as transformações culturais que isso implica” (cf. DAp 530). 
A Constituição Federal de 1988, ao confirmar o direito territorial dos povos indígenas e das comunidades quilombolas, bem como dos pescadores artesanais e outras populações tradicionais, representou muito mais do que a necessária reparação do erro histórico da apropriação de suas terras e da escravidão. É o reconhecimento da sociedade brasileira de que para esses povos a terra e a água são um bem sagrado, que vai além da mera produção para sobrevivência, não se reduzindo à simples mercadoria. É patrimônio coletivo de todo um povo, de seus usos e costumes, assim como a apropriação dos seus frutos.
Ao Governo Federal, cabe o dever constitucional de reconhecer, demarcar, homologar e titular os territórios indígenas, quilombolas e das demais populações tradicionais, ressarcindo seus direitos, passo fundamental e determinante para garantir sua sobrevivência. Sem a garantia de acesso à terra, elemento base da cultura e da economia dessas populações, elas continuarão a sofrer opressão, marginalização, exclusão e expulsão, promovidas por empresas depredadoras, pelo turismo, a especulação imobiliária, o agronegócio e pelos projetos governamentais, como as grandes barragens, que têm invadido áreas  cultivadas, alterando o ciclo de vida dos rios e provocando o despovoamento de suas margens.
Lamentamos profundamente o adiamento dos procedimentos administrativos de demarcação, a invasão e a exploração das terras dos povos tradicionais. Chamamos especial atenção para as condições de confinamento e os assassinatos que vitimam o povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. Um verdadeiro genocídio está em curso, maculando a imagem de nosso País como defensor dos direitos humanos.
Repudiamos, de modo veemente, o ataque desferido pela bancada ruralista e outros segmentos do Congresso Nacional aos direitos dos povos indígenas, consignados em nossa Carta Magna, através de proposta de emenda constitucional, a PEC 215/2000.  
Em relação às comunidades quilombolas, preocupa-nos a morosidade no reconhecimento dos seus territórios. Rejeitamos a sórdida estratégia de questionar a constitucionalidade do processo de titulação de suas terras, de modo a impedir os trâmites legais que atendam aos seus legítimos anseios.
Conclamamos o Governo brasileiro ao cumprimento da Constituição Federal e dos instrumentos internacionais dos quais o Brasil é signatário, especialmente a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT; à proteção dos direitos dos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e das demais populações tradicionais, como forma de pagamento da dívida histórica que o Brasil tem com esses povos, demarcando e homologando os seus territórios, impedindo sua invasão, em defesa dos mais pobres e vulneráveis em nosso País.
Sob a proteção de Maria, a quem invocamos como Rainha e Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, confiamos a proteção do nosso povo que constrói, na fé e esperança, um Brasil verdadeiramente para todos.

Aparecida – SP, 23 de abril de 2012

Empresários ameaçam interditar ferrovia da Alcoa em Juruti

Na manhã dessa segunda-feira, 23, um grupo de empresários de Santarém e Juruti se reuniram com a finalidade de chamar atenção da Alcoa, para que tome alguma providência quanto a situação da empresa Compacta, uma de suas contratadas que está passando por dificuldades financeiras e não consegue liquidar débitos nas praças de Santarém e Juruti. Os empresários ameaçam interditar a ferrovia que serve de transporte de bauxita da Alcoa, caso não se chegasse a uma solução para o problema.
            O grupo de empresários de Santarém que possuem valores a receber da empresa Compacta, se reuniram na Acej com os empresários de Juruti que também estão na mesma situação, para que juntos pudessem fazer ‘pressão’ contra a mineradora Alcoa no sentido de tentar encontrar uma forma para que a Compacta pague seus débitos.
            De acordo com os empresários de Santarém, a dívida da Construtora Compacta já chega a um milhão de reais somente com os fornecedores e prestadores de serviço de Santarém, calcula-se um débito total da empresa em torno de 3,5 milhões de reais somando com as dívidas no comércio de Juruti e com funcionários da empresa. Segundo os empresários, não adiante mais negociar com a direção da Compacta porque a empresa não consegue honra com os pagamentos, a única forma de tentar receber o débito é pressionando a Alcoa para que se empenhe em forçar o pagamento das dívidas de suas contratadas. Alguns empresários já retiraram suas máquinas do pátio da Compacta e outras ainda estão prestando serviço mas temem aumentar a dívida e a empresa decretar falência.
            O Diretor Geral de Operação da Alcoa, Evandro Rolim, lamentou que tal situação tivesse chegado ao ponto de empresários tentarem fazer manifestação para receber seus valores da empresa Compacta, mas que não pode fazer muita coisa, pois os serviços que foram executados pela prestadora foram todos pagos e o negócio foi entre os empresários e a Compacta, não diz respeito a Alcoa, mas garantiu aos empresários que a mineradora vai manter serviços com a empresa Compacta para que ela não decrete falência e consiga pagar seus débitos a médio e longo prazo.
            A Cosntrutora Compacta já apresentou um plano estratégico de gestão dos recursos da empresa, que foi avaliado pela Acej e Alcoa, disponibilizando inclusive alguns bens para que seja sanada parte das dívidas.
            Na reunião ficou acertado que os empresários sócios da ACEJ (Associação Comercial de Juruti) e ACES (Associação Comercial de Santarém) que possuem valores a receber da empresa Compacta, devem procurar a associação para apresentar o valor da dívida, que será somada os valores dos débitos existentes em Santarém e Juruti para que seja apresentado um relatório da situação. Após a conclusão desse relatório, será encaminhada cópia para Alcoa, que segundo Rolim, enviará para a diretoria da mineradora avaliar uma possível ajuda a sua contratada, para que não se permita um ‘calote’ no comércio, caso seja decretada falência.
            Olívia Ramos, presidenta da Acej, assegurou que a Associação Comercial de Juruti, vai formar uma comissão, inclusive com representantes da Alcoa, para acompanhar a gestão da empresa Compacta a partir de agora e ajudar a empresa no que possível.
COMPACTA – Convocado a participar da reunião, o diretor da empresa Compacta em Juruti, Henrique Borba, pediu desculpas a diretoria da Alcoa e aos empresários presentes, lamentou a forma que chegou a serem cobradas as dívidas e disse que já disponibilizou parte do seu patrimônio pessoal e da empresa para que seja vendido, a fim de quitar débitos.
            Henrique colocou a disposição de venda uma fazenda, uma casa e um caminhão, para que seja sanada parte da dívida. Disse que reduziu em 50% o número de funcionários e contratou uma pessoa para fazer a gestão das receitas da empresa, afim de que, a partir de agora mantenha todos os pagamento em dia dos fornecedores, prestadores de serviço e funcionários, o que entraria como lucro na empresa deverá ser destinado a pagar dívidas.
            A Construtora Compacta, chegou em Juruti em 2007 para trabalhar na obra de construção do Projeto Juruti da mineradora Alcoa, foi uma das poucas que permaneceram no município e pagava seus débitos normalmente no comércio local e regional. Tendo sua principal receita os trabalhos disponibilizados pela Alcoa, com o término da obra de construção do Projeto os serviços foram reduzidos, mesmo assim a empresa manteve o emprego de cerca de 300 funcionários. Em 2010 a Compacta começou a entrar em crise financeira por conta dos serviços reduzidos e obras durante o inverno, e se agravou em 2011 quando não conseguiu mais pagar em dia os funcionários e atrasou com os fornecedores.
            Hoje a empresa, tenta se manter ativa para não dar ‘calote’ e depende principalmente da continuação dos serviços oferecidos pela Alcoa, haja visto que em outras grandes obras a Compacta fica impedida de participar da licitação, por não possui mais a Declaração de Nada Consta.

MANIFESTAÇÃO – Os empresários de Santarém afirmaram a reportagem do Agora Juruti que vão esperar da Acej juntamente com a Alcoa, que encontre uma maneira para começar a ser paga as dívidas que a Compacta tem com eles, caso contrário, não será mais convocada nenhuma reunião e estarão interditando a ferrovia que transporta bauxita da mineradora Alcoa e a rodovia Translago em forma de manifesto.
Data 2012-04-24 10:14

terça-feira, 24 de abril de 2012

ACOGLEC PARTICIPA DE CURSO PARA MILITANTES


Nos dias 21 e 22 de abril, militantes da Gleba Curumucuri esteviram participando do curso de formação promovido pela ACORJUVE, participaram 32 sócios da ACOGLEC.
O curso contou com a assessoria de Antonio Marcos e Isabel Cristina


Momento de Celebração da Vida

CONSELHO FISCAL DA ACORJUVE E PREFEITURA NO CANTO DA GUARIBA


Quarta feira (17 de abril) conselho Fiscal da Acorjuve e representantes das comunidades da Região de Juruti Velho reuniu no centro de formação Canto da Guariba para definir plano de atividades no PAE



Prefeito Manuel Henrique assumindo compromisso perante comunitários de reiniciar as obras dos micros sistemas em 6o dias e conclui-los em 90 dias.


CONSELHO FISCAL DA ACORJUVE REUNI NO CENTRO DE REUNIÕES JAMACHI

 Reunião do Conselho Fiscal
48 conselheiros e representantes das comunidades da Região de Juruti Velho
centro de Reuniões Jamachi

ABERTURA DOS JOGOS DO PAE JURUTI VELHO


ACORJUVE promeve a Copa dos Campeões no PAE Juruti Velho




 

MAIS UMA ETAPA DO PROJETO COSTURANDO RELAÇÕES

 Reinicio do Projeto Ir. Deca, Simone Castro idealizadoras do Projeto
Antonio Marcos Diretor de Finanças da ACORJUVE




SEGUNDO MODULO DO CURSO FORMAÇÃO CRISTÃ


Professor Everaldo Portela Ministrante do Curso
 FORMAÇÃO SOCIO POLÍTICA
12,13 e 14 de abril 2012 no Centro de Formação Canto da Guariba
Juruti Velho - Juruti



 
Objetivo DO PROJETO
 Proporcionar as lideranças do PAE Juruti Velho uma formação básica integral de modo a capacitá-los para a prática de uma intervenção social mais qualificada e comprometida com os interesses coletivos das comunidades tradicionais da Amazônia.

 FORMAÇÃO EM GESTÃO PARTICIPATIVA E DEMOCRÁTICA

Acontecerá no período 18 a 20 de maio o proximo modulo do curso com temas: Gestão financeira de Associações, Oficina de elaboração de documentos oficiais, Oficina de arquivo e secretaria e Oficina de leitura e escrita o modulo contará com a assessoria de José Amazonas

segunda-feira, 23 de abril de 2012

AUDIÊNCIA PÚBLICA TITULAÇÃO DE TERRA DAS GLEBAS MAMURU RIO E CURUMUCURI



Em Juruti, após reunião com representantes do poder público e comunidades tradicionais, o Ministério Público, por meio da promotora de justiça Lílian Regina Furtado Braga, emitiu recomendação ao Instituto de Terras do Pará (Iterpa), indicando prazos para conclusão da regularização dos Projetos Estaduais de Assentamento Agro-extrativista (PAEX) Curumucuri e Mamuru. O atraso na regularização está prejudicando as comunidades.
Participaram da reunião com o MP em Juruti, representantes do Iterpa, do Ideflor, prefeitura municipal, poder legislativo, e cerca de 500 pessoas das comunidades tradicionais do Curumucuri, Mamuru, Juruti Velho e Planalto Mamuru - Gleba Nova Olinda III. O objetivo foi cobrar do Iterpa a finalização da regularização fundiária das comunidades tradicionais da região do Curumucuri e rio Mamuru.
O MP acompanha esse processo junto às comunidades. A demora na conclusão tem prejudicado as comunidades, que não tem reconhecido pelo Estado o direito ao território ocupado, o que inviabiliza o acesso aos créditos da reforma agrária e a utilização sustentável e legal dos recursos ambientais, especialmente os florestais madeireiros e não madeireiros.
A recomendação ao Iterpa considera que o atraso nessa regularização fundiária compromete a qualidade e a integridade da Política Florestal do Estado do Pará. O MP recomenda que o presidente do Iterpa apresente, no prazo de 15 dias, o cronograma de trabalho para a conclusão dos trabalhos fundiários nas duas áreas indicadas.

E que esse cronograma garanta prazo máximo de 90 dias para a conclusão e destinação fundiária das comunidades tradicionais do PAEX Curumucuri, cujo território já está reservado para essa finalidade por meio de decreto estadual, e que entregue à Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri, o título de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU).
Com o mesmo fim, recomenda que o Iterpa estabeleça prazo máximo de 180 dias para a regularização das comunidades tradicionais do PAEX Mamuru, cujo território também já está reservado por decreto estadual.
O MP recomenda ainda ao escrivão do cartório de Registros de Imóveis de Juruti que não promova o registro de qualquer imóvel localizado nas glebas Curumucuri e Mamuru.
Em caso de não cumprimento, a promotoria adverte que pode ingressar com ação competente para resguardar os direitos dos comunitários.



Fonte:http://www.mp.pa.gov.br

Projeto habitacional do PAE Juruti Velho