domingo, 11 de dezembro de 2011

COMUNITÁRIOS DE JURUTI VELHO E CURUMUCURI FAZEM MANIFESTAÇÃO PEDINDO DIREITO A TERRA

Na última quinta-feira, 17, aconteceu na cidade de Juruti uma manifestação popular liderada pela Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho (ACORJUV) que reuniu mais de mil pessoas nas ruas da cidade e findou no Fórum de Justiça local, onde deveria ter ocorrido uma audiência sobre reintegração de posse.

Segundo o assessor jurídico da ACORJUV, Dilton Tapajós, há uma ação contra o presidente da Associação, Gerdeonor Pereira, e contra o presidente da Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri (ACOGLEC), Isaias Vitor. A autor da ação, o senhor Antônio Cabral Abreu, afirma ser dono de 122 mil hectares de um área que abrande tanto Juruti Velho, como Curumucuri e Mamuru. Há 2.500 famílias na área, que podem ser despejadas, caso a justiça dê parecer favorável ao autor.

A audiência para ouvir as partes envolvidas foi adiada, e de acordo com Dilton Tapajós, a próxima audiência deverá ocorrer em meados de março de 2012. Gerdeonor Pereira afirma que eles não vão abrir mão da terra que pertencem às famílias tradicionais. “Jamais nós vamos abrir mão da terra onde nós nascemos e estamos crescendo e de onde tiramos o nosso sustento de cada família. Estamos preparados para enfrentar o Abreu. Se caso a juíza der o direito a ele, vamos ter que ir para um enfrentamento mais radical”, frisou o presidente da ACORJUV.

Mas para o Isaias Vitor, a justiça ficará do lado do povo. “A ACOGLEC estará junto com a ACORJUV nessa luta, porque essas famílias merecem o nosso apoio. A gente tem a parceria da Prefeitura, da Igreja, então nós vamos usar todos esses nossos parceiros para lutarmos juntos. Sei que a vitória será nossa”, disse o representante do Curumucuri.

O prefeito Henrique Costa falou que a Prefeitura de Juruti não poderia deixar de apoiar a luta pelo bem do povo e do que é direito das famílias tradicionais. “Não temos nenhuma postura política, mas de apoio de todo o nosso governo e não poderia ser diferente, e qualquer pessoa de bem não pode ter outra postura se não de apoio”.

Segundo o prefeito, ele vai solicitar que a Procuradoria do Município acompanhe este processo, que se é de interesse público, é de interesse da Prefeitura.

Fonte PMJ/Secon

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