quinta-feira, 7 de abril de 2011

Moradores de Juruti Acusam Alcoa de Contaminar Igarapés do Pará

Moradores de Juruti, cidade localizada no Pará, acreditam que as obras da empresa Alcoa Alumínios S.A está contaminando igarapés na região. A afirmação é do procurador da República no estado do Pará, Daniel César Azeredo. A Alcoa implanta um projeto para exploração de bauxita no município de Juruti, extremo Oeste do Pará. O projeto compreende a construção de uma mina, de um porto e de uma rodovia com 55 quilômetros, que vai até a área onde a empresa fará a extração do minério.
Em duas audiências públicas de fiscalização realizadas em Juruti, nos dias 2 e 3 deste mês, ribeirinhos denunciaram ao Ministério Público Federal e Estadual alguns impactos ambientais causados, segundo eles, pela construção das obras da Alcoa. Entre as denúncias, a contaminação de igarapés e o desmatamento irregular da floresta dentro da área do Projeto de Assentamento Agroextrativista Juruti Velho.
O presidente da Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho no Pará, Gerdeonor Pereira dos Santos, faz ameaças à empresa e diz que os moradores exigem a suspensão da licença que permite a execução do projeto da Alcoa. “A gente quer que o Ministério Público possa denunciar e suspender essa licença. Senão vamos ocupar, derrubar e queimar. Estamos dispostos a derramar o nosso sangue se for preciso, para defender a nossa floresta para que as nossas famílias possam viver aqui”, afirma Gerdeonor.
O gerente geral de Desenvolvimento da Alcoa Mina de Juruti, Tiniti Matsumoto, afirma que as acusações são infundadas. “Não temos até agora nenhuma comprovação, nenhuma evidência comprovada de que a Alcoa, de uma forma ou de outra, contaminou as águas do Igarapé. Em nenhum momento nós entramos em alguma área que não fosse liberada, é uma preocupação muito grande que nós temos”, argumenta Matsumoto.
O procurador da República no Pará, Daniel Azeredo, diz que fotos revelaram que a água de alguns igarapés da região apresentam coloração diferente. Ele afirma que “nas últimas audiências foram apresentadas fotos de alguns igarapés da região, fotos de antes e fotos de agora, e a olho nu você constata uma forte diferença na coloração da água”.
Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal e Estadual, que tramita desde 2005, pede a anulação do licenciamento de operação concedido à empresa Alcoa. Segundo o procurador Daniel Azeredo, será encaminhada uma procuração ao governo do estado do Pará para que a licença seja revista e cancelada. (Elaine Borges/ Rádio Nacional da Amazônia)

Um comentário:

  1. fico muito feliz em saber que juruti esta abrindo as porta pro futuro em desenvouvimento pro gredindo cada dia mas espero que as altoridade saibão em vester nacidade em trabalho em seguransa o ferecendo emprego para as pesoas que moram ai

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