Durante anos, a captura de quelônios para a
alimentação foi uma atividade constante na vida de moradores de diversas
comunidades da região do Miri/PAE Juruti Velho. Esta atividade reduziu de forma
drástica a população de quelônios, na região com o passar dos anos, os
moradores foram percebendo que a captura dos quelônios estava se tornando cada
dia mais difícil e que a quantidade de
animais havia diminuindo. Para reverter essa situação, jovens da região tomaram
a iniciativa e foram em busca de ajuda em diversos órgãos encontrando poucas
respostas. Foi então que solicitaram apoio junto à Acorjuve, da qual receberam boa parte da estrutura necessária
para o desenvolvi
mento das atividades do projeto a ser desenvolvido nas
comunidades da região. No apoio ofertado pela Associação para o trabalho dos
jovens foram entregues lanternas, pilhas, gasolina e até mesmo o apoio na
fiscalização.
O trabalho dos comunitários começa no mês
de setembro, época da desova dos quelônios. Os animais encontram nas praias,
formadas nas margens do lago do Miri, o local ideal para depositar
os ovos que posteriormente são recolhidos por moradores e colocados em uma
chocadeira comunitária, também nas margens do lago. O nascimento acontece dois
meses depois. Após o nascimento, os quelônios recebem tratamento adequado para
então serem soltos nas águas do lago.
O dia dedicado à soltura dos quelônios
envolve todos os moradores das dez comunidades que formam a Região. O momento
também consta de apresentações culturais como
poesias, musicas e danças relacionados a preservação dos quelônios.
A parceria
com a ACORJUVE tem sido fundamental para que o projeto Quelônios do Miri venha
sendo desenvolvido de forma independente desde 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário