Insatisfação das Comunidades de Juruti Velho Pode Levar à Suspensão das Atividades da Alcoa
Ministérios Públicos Federal e do Estado estudam pedido de paralisação do projeto Cerca de 400 moradores da Vila de Juruti Velho participaram hoje (3/5) da II Audiência Pública promovida na região pelo Ministério Público do Estado e Ministério Público Federal, para apurar os efeitos dos impactos diretos da instalação do projeto de mineração da empresa Alcoa para exploração de bauxita no município. A primeira audiência foi realizada ontem em Juruti. Mais uma vez a insatisfação com a empresa foi grande, chegando ao ponto de lideranças locais ameaçarem reunir homens para invadir o canteiro de obras da Alcoa na regiã
o, onde será instalada a mina de extração da bauxita.
o, onde será instalada a mina de extração da bauxita.
Os dois Ministério Públicos, Estadual e Federal, já estudam a possibilidade de pedir a paralisação do projeto, pois durante as audiências realizadas nos dias 02 e 03 de maio foram relatadas denúncias de desmatamento em áreas não autorizadas dentro do Projeto de Assentamento Agroextrativista Juruti Velho.
Diante desse problema, o presidente da Associação das Comunidades da Região de Juruti Velho - Acorjuv, Gerdeonor Pereira dos Santos, pediu ação conjunta dos dois Ministérios Públicos e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para demarcar o mais rápido possível a área de assentamento. Outro problema trazido para a discussão pela comunidade foi a invasão dos lotes dos agricultores por homens a serviço da Alcoa.
Uma outra questão é a que aflige os moradores mais próximos da área da mina, cerca de 1 km dos platôs. Eles temem o remanejamento, embora haja a garantia da empresa de que isso não vá acontecer. Essas comunidades vivem de coleta da castanha, pesca e caça. O desmatamento, o barulho das obras e a poluição das águas já estão afetando a subsistência dessas famílias. "Nós não queremos mais nenhuma árvore cortada, nenhum bicho deslocado e que nenhuma comunidade sofra por causa disso", exigiu irmã Brunhilde Henneberg, da Ordem Franciscana de Maristela, que vive na Amazônia há mais de 30 anos.
Durante a audiência
Assessoria de Comunicação do MPF
Arquivo: 2007
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